O SindusCon-SP, Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo, divulgou os dados de emprego do setor da construção civil referentes ao mês de abril de 2017. A pesquisa é realizada pelo SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
O município de Americana registrou nova queda ??? a segunda consecutiva ??? no empregos formais do setor da construção civil. A queda foi de 0,17% em comparação ao mês de março, com redução de 7 vagas no mês de referência. O último índice positivo havia sido em fevereiro com alta de 1,18%. Neste mesmo período de comparação, Indaiatuba registrou a maior queda com -1,61%, seguido de Limeira com -1,49%. A maior alta foi de Campinas, com 1,66% de aumento no número de postos de trabalho.
Na comparação com o mesmo período de 2016, a variação de Americana fica em -2,22%, com queda de 93 vagas. No mês de abril, o estoque acumulado de trabalhadores foi de 4,096 pessoas com carteira assinada na cidade.
“A maioria das cidades atendidas pela pesquisa estão com índices em queda, pois vivemos a montanha russa política e os efeitos dela na nossa economia. Ainda assim, continuamos otimistas com relação a recuperação do setor e a melhora no índice de Campinas, que é referência na região, comprova isso”, pontua o diretor do SindusCon-SP ??? Regional Campinas, Marcio Benvenutti.
Brasil
O ritmo de queda do emprego na construção arrefeceu em abril, mas continuou em queda pelo 31º mês consecutivo. Foram eliminadas 874 vagas em todo o Brasil em abril, queda de 0,04% em relação a março. O estoque de trabalhadores no setor permaneceu na casa dos 2,47 milhões. Na comparação com abril de 2016, houve queda de 12,94%. Em outubro de 2014, primeiro mês de variação negativa, o estoque era de 3,57 milhões. Desconsiderando os efeitos sazonais*, a queda é de 0,90% em abril (-22.382).
Embora o ritmo da queda do emprego na construção venha se reduzindo nos últimos três meses, o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, não acredita em reversão imediata da tendência. “Sem novos investimentos e com a confiança dos investidores e das famílias novamente retraída em função da crise política, a perspectiva é de continuação do declínio do nível de emprego no setor”, afirma.
Em consequência, Romeu Ferraz julga primordial a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária. “Se acontecerem, estas aprovações sinalizarão aos investidores que a política econômica de reequilíbrio das contas públicas e de estímulo à segurança jurídica nas relações trabalhistas segue firme, independentemente de quem esteja sentado na cadeira presidencial.”