Instituído em 2005, o PVCE (Programa de Vigilância e Controle de Carrapatos e Escorpiões) vem realizando capturas noturnas, com uso de luz ultravioleta, em áreas estratégicas do município. De acordo com o setor, atualmente cerca de mil animais são enviados a cada mês ao Instituto Butantan, em São Paulo, para a produção de soro antiescorpiônico.
A equipe, formada por um médico veterinário e quatro agentes de saúde, realiza as capturas principalmente nos dois cemitérios do município, locais considerados estratégicos pela alta incidência, mas elas também são realizadas em locais com maior concentração de reclamações da população, o que indica um volume maior dos animais em determinados bairros.
Em 2018 (até o dia 22 de novembro) foram capturados 13.034 escorpiões, dos quais 8.066 foram destinados ao Butantan. Não se envia a totalidade capturada porque muitos acabam morrendo no decorrer do período, entre uma retirada e outra, já que o próprio Instituto é quem realiza a coleta pelo menos uma vez ao mês. O PVCE realiza em torno de 12 capturas a cada mês. Após a coleta, os animais são levados à sede do programa, onde permanecem em locais apropriados e aguardam até serem recolhidos. Além das capturas noturnas, o setor também realiza atendimento às reclamações e esclarece os moradores quanto às formas de prevenção. Mas o trabalho da equipe não se limita apenas a capturar escorpiões, realizando ainda pesquisa com o carrapato estrela no município, que este ano enfrentou um surto de febre maculosa.
Segundo o setor, as buscas pelos escorpiões são definidas por meio dos estudos epidemiológicos, estatísticos e de georreferenciamento em saúde pública. Em Americana, nos últimos cinco anos, ocorreram duas mortes em crianças, sendo uma em 2017 e outra em 2013. O município registrou 339 casos de acidentes em 2016 e 409 em 2017. Este ano a Vigilância Epidemiológica notificou (até o dia 14 de novembro) 418 acidentes e, apesar do discreto aumento em relação ao ano passado, nenhuma morte foi registrada pela picada.