Mesmo após duas semanas de trabalho praticamente quase ininterrupto, continua diariamente o rescaldo da “montanha” incendiada de galhos, restos de podas e material orgânico acumulado por anos na área do Viveiro Municipal do Guarapari, mantido pela Prefeitura de Nova Odessa no bairro de chácaras situado na região da Fazenda Velha.
O prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho, acompanhou pessoalmente no último sábado (04/09) mais um dia de trabalho da Defesa Civil e dos bombeiros civis voluntários no local, agradecendo o empenho das equipes e até ajudando nas ações. A ação tem eventual apoio das equipes de Serviços Públicos e Meio Ambiente, quando necessário. “O trabalho de rescaldo vai continuar diariamente no local enquanto for necessário”, adiantou o chefe do Executivo.
O coordenador da Defesa Civil Municipal, Vanderlei Vanag, esclareceu na ocasião que a fumaça que ainda saia da área atingida, afetando os moradores das proximidades, era decorrente da “queima lenta” do material orgânico incendiado no último dia 21/08, como é comum em situações assim, que envolvem lenha “aterrada”. “Desenterrar” o material para alcançar os níveis mais baixos do volume acumulado apenas causaria novos focos de incêndio, conforme as brasas tivessem contato com o oxigênio do ar, explicou.
A Polícia Civil já realizou, inclusive, a perícia a partir do BO registrado pela Prefeitura para apurar a autoria possivelmente criminosa do incêndio. “As investigações vão continuar agora para determinar se o incêndio de sábado à noite foi criminoso ou não. E se foi criminoso, vamos instaurar um inquérito para tentar apontar sua eventual autoria”, explicou recentemente o delegado do município, Diego Bini.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente também instaurou um procedimento administrativo para apurar a ocorrência de fogo na área verde. No mesmo sábado do incêndio possivelmente intencional, a cidade sediava um gabinete itinerante com o Ministério da Educação que reuniu prefeitos e secretário de Educação de quase 80 cidades do interior do Estado de São Paulo.
ECOPONTOS
O local segue fechado ao depósito de restos de poda por populares, mas, segundo a pasta, a população não está sendo prejudicada porque pode continuar utilizando os dois Ecopontos da cidade, que seguem aptos a receber até 1 metro cúbico de resíduos orgânicos por pessoa.
Os espaços possuem capacidade para receber até 1.000 toneladas de resíduos por mês, com predominância de resíduos de construção civil, restos de poda de árvores e sofás. Os Ecopontos recebem também materiais recicláveis como papel, papelão, plástico, vidro, metal e isopor.
Em relação aos resíduos de construção civil é liberado receber até 1m³ por pessoa/dia. Madeira e móveis usados, óleo de cozinha (embalado em garrafa PET), eletrônicos e pneus (quatro unidades por pessoa/dia) também podem ser encaminhados. Um dos pontos está localizado no Residencial Triunfo, e o segundo, no Jardim Monte das Oliveiras. O horário de funcionamento é de segunda-feira a domingo, das 7h às 19h.
TRITURAÇÃO
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente esclareceu ainda que, ao contrário de desinformações de terceiros, desde o início deste ano não há mais o “despejo” de novos restos de podas no Viveiro, apenas o trabalho de trituração dos restos de vegetação oriundo dos trabalhos de zeladoria das equipes municipais em máquina existente no local, para produção de adubo através de compostagem. Assim, todo o volume de material orgânico queimado no último dia 21/08 foi depositado no Viveiro Municipal de 2020 para trás.