Terminada a nova pintura, resta apenas a troca das lâmpadas e a definição de um protocolo sanitário específico para que a Prefeitura de Nova Odessa reabra o Velório Municipal da Avenida Eddy de Freitas Crissiúma, o que deve acontecer já nas próximas semanas. A ideia é, inicialmente, liberar a realização de até dois velórios ao mesmo tempo, com limitação de público e tempo, evitando-se aglomerações. A breve retomada do atendimento no local só foi possível graças às adequações físicas e legais promovidas pela nova gestão no prédio.


“Cumprimos tudo que o Corpo de Bombeiros exige e que não havia sido previsto na reforma iniciada em 2020, incluindo o alargamento da porta de entrada, que foi deixada com apenas 1,20 metro de vão. Tivemos que refazer essa passagem para 1,90 aproximadamente, o mínimo necessário para um caixão seja carregado ou transportado por um carrinho através da porta”, explicou a secretária municipal de Obras, Projetos e Planejamento Urbano, Miriam Lara Netto.

Velório de Nova Odessa é reformado, mas caixões não passam na porta


Segundo a arquiteta, a demora para a abertura do Velório se deu exatamente em função dos problemas no projeto da reforma, definido e licitado ainda no ano passado. “O projeto incorreu em inúmeros erros que quase causaram o cancelamento do convênio”, afirmou Miriam.


Entre os problemas encontrados por ela ao assumir a função, em janeiro, a secretária listou a própria questão da entrada. “A porta de entrada foi erroneamente dimensionada, pois não havia espaço para a entrada e saída dos caixões. As portas das salas internas também tinham problemas de abertura, impedindo a circulação correta das pessoas dentro do prédio”, explicou.


A arquiteta destacou ainda que a obra não foi prevista, e, portanto, não se tratou de uma “reforma total”. “Foram previstas apenas pintura parcial, troca de piso parcial e outros pequenos reparos. Não houve a reforma da cozinha, por exemplo, ficando a mesma em péssimo estado de conservação”, disse Miriam. Também não foi prevista a compra de novos móveis para o local, pois os antigos já se encontravam sem condições de uso.

BOMBEIROS E AZUL

Segundo a secretária de Obras, um recente laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros ainda “exigiu uma quantidade de alterações na construção”, como a colocação de barras de pânico e outras adaptações de segurança. “Quando assumimos, a primeira obra que buscamos ‘consertar’ foi a do Velório. Primeiro, tivemos que ‘quebrar’ a porta para substituir por outra em que passasse o caixão. Em resumo, tivemos que ‘refazer a reforma’, reconstruir o que já estava construído, e executar o projeto dos Bombeiros”, acrescentou.


“Quanto à nova pintura, adotamos o tom azul, que é associado à tranquilidade que o momento de luto exige, em um local onde os sentimentos são de extrema tristeza. O azul, aliado ao branco, traz uma leve redução na frequência cardíaca, no ritmo respiratório e na pressão sanguínea. Portanto, optamos pela cor azul por proporcionar um pouco de sensação calmante”, finalizou Miriam Lara Netto.