Artigo- A chance, por André Henrique

Política crítica,

Artigo- A chance, por André Henrique

8 de outubro de 2014

A capacidade de construir pontes é uma das virtudes de Aécio Neves. E não estou a falar de viadutos, mas de sedução de aliados. Tal capacidade poderá fazer diferença para o tucano esvaziar a base da presidente tirando dela o apoio do PMDB em estados onde o partido rivaliza com o PT bem como na confirmação de uma composição com Marina Silva e apoio peremptório do governador Geraldo Alckmin.
 Aécio Neves comprometeu-se com Alckmin e Marina pelo fim da reeleição. Os dois serão beneficiados com a medida porque a sucessão de um eventual governo Aécio ficaria em aberto. O compromisso também interessa a José Serra, eterno postulante a candidato à presidência da República e histórico defensor do fim da reeleição. A costura visa unir pra valer o PSDB paulista em torno da candidatura Aécio Neves. O PSDB reúne as melhores possibilidades de voltar à presidência desde 2006. As munições do PT estão limitadas. Dilma não é Lula. O Brasil não é o mesmo. Chicotear FHC talvez não dê desta feita o resultado esperado. Há uma geração nova que não viveu aquele tempo e não se contagia com a comparação. O PT terá de fazer mais e melhor para repetir os desempenhos de 2006 e 2010.   O Partido dos Trabalhadores levou do PSDB uma paulada monumental em São Paulo. Aécio Neves tem tudo para virar em Minas, ganhar no Sul, Centro-Oeste e ampliar a vantagem no Sudeste. A família Campos, com Marina a tira-colo, poderá ajudá-lo a diminuir o estrago em Pernambuco, e até a virar. O governo Dilma exibe problemas de avaliação e a presidente de comunicação. No campo subjetivo, os ventos mudancistas sopram agora na direção do tucano.
Aécio Neves não é arquiteto das condições políticas que parecem favorecê-lo. O mineiro  não é vendedor de esperanças. Não tem conteúdo político brilhante. Vale-se de bastidor. Aguarda. ?? mais raposa que Leão. Quase pagou caro por isso ao namorar a não ida ao segundo turno, todavia, a desidratação de Marina Silva levou Aécio a amealhar votos que o PSDB tradicionalmente angaria e a ocupar o espaço de novidade contra uma Dilma vulnerável. Não dá pra negar, a fortuna bateu à porta do tucano, resta saber se ele terá virtú para aproveitá-la.

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8 de outubro de 2014

A capacidade de construir pontes é uma das virtudes de Aécio Neves. E não estou a falar de viadutos, mas de sedução de aliados. Tal capacidade poderá fazer diferença para o tucano esvaziar a base da presidente tirando dela o apoio do PMDB em estados onde o partido rivaliza com o PT bem como na confirmação de uma composição com Marina Silva e apoio peremptório do governador Geraldo Alckmin.
 Aécio Neves comprometeu-se com Alckmin e Marina pelo fim da reeleição. Os dois serão beneficiados com a medida porque a sucessão de um eventual governo Aécio ficaria em aberto. O compromisso também interessa a José Serra, eterno postulante a candidato à presidência da República e histórico defensor do fim da reeleição. A costura visa unir pra valer o PSDB paulista em torno da candidatura Aécio Neves. O PSDB reúne as melhores possibilidades de voltar à presidência desde 2006. As munições do PT estão limitadas. Dilma não é Lula. O Brasil não é o mesmo. Chicotear FHC talvez não dê desta feita o resultado esperado. Há uma geração nova que não viveu aquele tempo e não se contagia com a comparação. O PT terá de fazer mais e melhor para repetir os desempenhos de 2006 e 2010.   O Partido dos Trabalhadores levou do PSDB uma paulada monumental em São Paulo. Aécio Neves tem tudo para virar em Minas, ganhar no Sul, Centro-Oeste e ampliar a vantagem no Sudeste. A família Campos, com Marina a tira-colo, poderá ajudá-lo a diminuir o estrago em Pernambuco, e até a virar. O governo Dilma exibe problemas de avaliação e a presidente de comunicação. No campo subjetivo, os ventos mudancistas sopram agora na direção do tucano.
Aécio Neves não é arquiteto das condições políticas que parecem favorecê-lo. O mineiro  não é vendedor de esperanças. Não tem conteúdo político brilhante. Vale-se de bastidor. Aguarda. ?? mais raposa que Leão. Quase pagou caro por isso ao namorar a não ida ao segundo turno, todavia, a desidratação de Marina Silva levou Aécio a amealhar votos que o PSDB tradicionalmente angaria e a ocupar o espaço de novidade contra uma Dilma vulnerável. Não dá pra negar, a fortuna bateu à porta do tucano, resta saber se ele terá virtú para aproveitá-la.

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