O prefeito de Nova Odessa, Benjamim Bill Vieira de Souza, se reuniu nesta segunda-feira, dia 17, com representantes do Estado, Assembleia Legislativa e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para discutir a situação dos migrantes e imigrantes que têm escolhido o município para se instalar. Durante o encontro foi discutida também a questão dos haitianos que, recentemente, foram alvo de ofensas na cidade. A expectativa do prefeito é unir forças a outros órgãos para criar políticas públicas de acolhimento e direcionamento destas pessoas.

Bill recebeu em seu gabinete o deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), Carlos Bezerra Jr., o executivo público do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, Ricardo Alves e, representando a OAB, a advogada Raquel Tamassia Marques. Participaram também do encontro o chefe operacional da GCM (Guarda Civil Municipal), Osair de Oliveira Camargo e a diretora de Assuntos Metropolitanos da Prefeitura de Nova Odessa, Miriam Carceliano de Almeida.
O prefeito ressaltou a preocupação da cidade em relação ao atendimento dos imigrantes e migrantes que vivem no município, sejam eles haitianos ou de outras nacionalidades ou regiões do Brasil. “A vinda do Bezerra Jr. e do Ricardo foi muito oportuna e eles poderão nos ajudar a criar políticas públicas para melhor acolhimento e direcionamento não apenas dos haitianos, mas de outras pessoas que necessitarem”, disse.
Bill ressaltou que a Administração repudia qualquer tipo de ofensa e preconceito e que está acompanhando a investigação que vem sendo realizada pela Polícia Civil na tentativa de identificar os autores de pichações contra os haitianos registradas recentemente na cidade. “Não vamos permitir isso em nossa cidade e tenho acompanhado com muita atenção o desdobramento deste caso”, afirmou.
“Esta região em que Nova Odessa está inserida é claramente um polo de migração e imigração e devemos ter ações concretas, em parceria com a Administração, para identificar e auxiliar estas pessoas. Estou à disposição da Prefeitura para buscar recursos para desenvolvermos um projeto neste sentido”, afirmou o deputado estadual, que é autor da lei paulista contra o trabalho escravo.
Bezerra salientou ainda que “em um País que tem seu povo formado a partir de vários movimentos migratórios, não é possível sequer imaginar um comportamento preconceituoso.”Alves destacou que a maior parte dos imigrantes da Bolívia, Haiti e outras 71 nacionalidades escolhem o Estado de São Paulo e grandes centros para se instalar, já que encontram melhores condições de vida. “A questão é que a grande parte destes imigrantes chega ao País de forma irregular e é preciso ver os reflexos que isso causa”, disse.
Segundo o prefeito, após esse primeiro contato, novas reuniões serão agendadas para discussão de possíveis alternativas para o atendimento a essas pessoas.