Com a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrida no último sábado (22), os bastidores da política regional já começaram ver articulações de possível debandada de políticos que se filiaram recentemente ao PL (Partido Liberal- partido liderado por JB). A migração aconteceu visando a disputa das eleições municipais de 2024 e agora pode acontecer o ‘refluxo’.

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No ano passado, às vésperas das eleições, alguns políticos decidiram deixar seus partidos e se filiaram ao PL, buscando surfar no movimento de direita que é forte na região.

Bolsonaro

A possível nova onda de mudanças tentaria evitar que a nova situação do ex-presidente venha a respingar na imagem de prefeitos e até vereadores. Outra preocupação é com o comando do próprio PL, que já convive com uma disputa interna entre a ala bolsonarista e do presidente nacional, Valdemar da Costa Neto.

Americana, Santa Bárbara e Nova Odessa tiveram candidatos a prefeito que se filiaram pouco antes do encerramento do prazo eleitoral: Chico Sardelli saiu do Partido Verde, Rafael Piovezan deixou o MDB e Bill deixou o ninho tucano e rumou para o PL.

No caso de Chico, o PL americanense já era comandado por seu filho e chefe de gabinete, Franco Sardelli, que deve disputar uma vaga a deputado estadual, em 2026.

Bolsonaro veio na filiação em SB

Em Santa Bárbara, Piovezan trouxe o próprio Bolsonaro em seu ato de filiação. Na época, o evento encontrou resistência de bolsonaristas, como o vereador Felipe Corá, defensor de primeira hora de Bolsonaro.

Tanto em Americana como em Santa Bárbara, os candidatos obtiveram sucesso em suas disputas pela reeleição.

Já em Nova Odessa, o ex-prefeito Bill não conseguiu emplacar sua volta ao comando da cidade, mesmo com o apoio de Bolsonaro. Ele foi o único que enfrentou um candidato a reeleição- Leitinho Schooder (PSD).

Vereadores e suplentes têm prazos determinados pela Justiça Eleitoral para uma eventual troca de partido, sem correr o risco de perda de mandato. Já os prefeitos e vice-prefeitos podem trocar a qualquer momento, sem qualquer ônus.

Os partidos mais procurados devem ser Republicanos, PSD, PP, União Brasil, MDB e Podemos, partidos da base de apoio de Tarcísio de Freitas, no governo de São Paulo.

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