O preço do café caiu pelo quarto mês consecutivo em outubro, segundo dados do Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS – Associação Paulista de Supermercados em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No mês, a redução foi de 0,96%. Para fechar uma das combinações preferidas dos brasileiros, o leite também registrou queda de 1,55% em outubro.
Segundo o levantamento, a baixa dos produtos industrializados inclui grupo composto não somente pelo café, mas, também, por achocolatados em pó e chás. O movimento indica uma correção após picos anteriores influenciados pela volatilidade no preço internacional do café.
No caso específico do café em pó, após um ciclo prolongado de aumentos desde março de 2024 — impulsionados por quebras de safra, custos elevados na origem e forte volatilidade internacional, os preços começaram a ceder em julho de 2025, quando registraram deflação de 3,03%. A tendência de baixa se manteve, incluindo o recuo de 1,37% no último mês.
O café também começa a dar sinais de alívio após um período de forte pressão nos custos. “Percebemos que, com a situação internacional mais calma e a produção voltando ao ritmo normal, conseguimos negociar melhor os preços nos últimos meses”, comenta Acácio Maciel, diretor da regional APAS Campinas.
No grupo dos produtos semielaborados, além da redução de 1,55% em outubro, o leite concentra uma deflação de 1,47% no acumulado do ano e redução de 6,31% em 12 meses.
“O leite, assim como alguns cereais, tem ajudado a segurar os custos destes produtos. A gente tem conseguido comprar por valores melhores e isso acaba refletindo nas gôndolas. Em outubro já vimos essa melhora, o que ajuda bastante na hora de manter o preço para o consumidor”, completa.
Sobre a APAS – Com 54 anos, a APAS – Associação Paulista de Supermercados representa o essencial setor supermercadista no estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento com a sociedade. A entidade possui 3 distritais na capital paulista e 13 regionais distribuídas estrategicamente. A APAS conta com mais de 27 mil estabelecimentos no Estado de SP, responsáveis por 30% do faturamento nacional do setor. O setor supermercadista paulista faturou, em 2024, R$ 328 bilhões — crescimento real de 3% em relação a 2023 — 9,7% do PIB estadual. Os supermercados empregam mais de 669 mil pessoas, com potencial de expansão de mais 34 mil vagas em diferentes funções.