Cafeteria em alta- O Brasil é o maior produtor de café do mundo, com safra estimada em 55,67 milhões de sacas de 60 kg em 2025, o que representa crescimento de 2,7% em relação ao ano anterior, segundo a Conab. No consumo, a região Sudeste se destaca, sendo responsável por 41,7% da demanda nacional. Com a alta procura, cafeterias ganharam força e se espalharam por todas as regiões.
A Go Coffee, referência em cafés especiais, nasceu em Curitiba (PR) em 2017 e já está presente em todas as capitais brasileiras. Atualmente, a rede está presente em todas as capitais do Brasil e soma 550 unidades, entre operações abertas e contratos fechados. Mensalmente, a Go Coffee comercializa mais de uma tonelada de café, com grãos colhidos principalmente no Sul de Minas e na Alta Mogiana, importante região do estado de São Paulo.
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Embora tenha surgido no modelo “to go” — quando o consumidor leva o produto para outro local —, das 42 lojas em funcionamento em 2025 apenas 7 ainda seguem esse formato. Desde 2022, a marca tem priorizado pontos de venda com mais de 40 m² e espaço para salão. “Nosso modelo de negócio evoluiu junto com o consumidor. O que antes era pensado para a correria do dia a dia hoje precisa oferecer conforto, permanência e até estrutura para reuniões. Isso mudou tudo, da arquitetura ao ticket médio”, afirma André Henning, sócio-fundador da rede.
Atualmente, a marca opera com múltiplos formatos de franquia, que vão de quiosques a lojas com 200 m², incluindo lounges, área kids e salas de reunião. Essa flexibilidade na implantação tornou-se um dos diferenciais da Go Coffee e impulsionou o crescimento inclusive em cidades menores ou com públicos variados. Esse movimento acompanha a transformação das cafeterias em pontos de encontro e não apenas de consumo. “Antes, o café era um produto. Agora, ele é parte de uma experiência. Um bom café em um ambiente confortável se tornou convite para permanecer, trabalhar remotamente ou encontrar amigos. É isso que a nova geração de consumidores busca”, comenta Henning.
Modelo de negócio da Cafeteria
A expansão da Go Coffee também está ligada à franchising. Com lojas padronizadas — inclusive nos maquinários —, a rede acelerou a abertura de novas unidades. Para abrir uma franquia, o investimento inicial é a partir de R$ 180 mil, com prazo de retorno estimado entre 12 e 24 meses e lucro médio mensal de R$ 15 mil. “Não expandimos por meio de terceiros, mas de forma interna. Nosso grande diferencial é, sem dúvida, a não cobrança de royalties”, destaca Henning.
O franqueado paga apenas a taxa inicial de franquia para ter direito ao uso da marca, sem mensalidades. A Go Coffee atua como fábrica e distribuidora de insumos e produtos, com produção própria de doces e bases para bebidas. “Somos uma das poucas empresas do Brasil que desenvolvem seus próprios xaropes e itens de consumo. Isso garante padronização: do Rio Grande do Sul ao Ceará, todos terão o mesmo muffin, o mesmo cookie e as mesmas bebidas”, explica. Outro ponto do modelo é o compromisso contratual da rede em repassar insumos com preços abaixo do mercado. “Quando o franqueado compra mais barato, a lucratividade dele cresce. E se ele vende mais, eu também vendo mais. Assim criamos uma rede sustentável e de economia circular”, complementa Henning.
Entre os destaques do cardápio da Go Coffee estão os famosos frappes, com opções fixas no cardápio, como o Caramel, à base de creme ou café, bastante caramelo e finalizado com chantilly, e de edição limitada, como as collabs exclusivas com grandes marcas, como Mondelez e Balas Fini, e grandes franquias de filmes, como Barbie, Homem-Aranha e Smurfs. Já na parte de bebidas quentes, a rede oferece diversas opções de cafés preparados com grãos especiais e chocolate quente.
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