Após o episódio envolvendo a prisão de um assessor comissionado da Secretaria de Esportes e Lazer, o vereador Pedro Tourinho (PT) apresentou ontem à Câmara um pedido de convocação do secretário titular da pasta, Dario Saadi, para que este explique que tipo de trabalho era feito pelo ex-comissionado, que foi exonerado ontem pela Prefeitura de Campinas.
O ex-assessor, identificado como Luiz Fernando Mariano Mateus, o “Fernandinho Mariano”, foi detido na terça-feira juntamente com outros três homens, em um estacionamento de uma padaria em Campinas. A suspeita é que o grupo estaria intermediando a compra de 25 mil testes para coronavírus. A Polícia Civil está investigando se os kits pertencem a uma carga roubada de testes do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
De acordo com os policiais, a informação que está sendo apurada é que o grupo receberia uma comissão de 2% sobre a venda de cada kit, que custaria R$ 130,00. Mariano, que era pré-candidato a vereador pelo PSB, partido do prefeito, foi exonerado ontem. Todos já prestaram depoimento e foram liberados. Mariano nega qualquer irregularidade. Já a Prefeitura informou que decidiu pela exoneração “para que não paire nenhuma dúvida sobre a seriedade do trabalho da Prefeitura de Campinas no enfrentamento à pandemia de coronavírus”.
CURTAS
< Quatro equipes da Guarda Municipal de Campinas distribuíram máscaras descartáveis, para pessoas em fila aguardando atendimento. A ação educativa foi realizada ontem em pontos do centro da cidade e na região da Praça da Concórdia, no Distrito do Campo Grande. A iniciativa da Prefeitura visa alertar a população para importância do uso da proteção individual, que passará a ser obrigatória na próxima semana na cidade.
< Equipes da Prefeitura também fizeram blitz para verificar o comércio aberto no Centro. A operação envolveu cerca de 60 profissionais, divididos em cinco equipes da Guarda Municipal, Vigilância Sanitária, Secretaria de Planejamento e Urbanismo, Setec e do Procon (Departamento de Proteção ao Consumidor).
< As equipes percorreram 46 estabelecimentos nos bairros como Centro, Botafogo, Castelo e Vila Orosimbo Maia. Deste total, 29 foram orientados a fechar as portas porque não eram de serviços essenciais.
 *jornalista e historiador, foi diretor de comunicação em Campinas e em outras 5 prefeituras nos estados de SP e MG.