O Observatório PUC-Campinas divulgou estudos sobre o custo da cesta básica
e variações de preços em Campinas referente ao mês de novembro. A cesta básica apresentou alta de 2,14%, rompendo novamente o patamar dos setecentos reais e atingindo o valor de R$ 705,71. Essa alta acompanha o ocorrido em outras nove capitais do país. O estudo é coordenado pelo Prof. Me. Pedro de Miranda Costa, com assistência de Ana Clara Brilha da Silva.
Apesar da alta no último mês, a cesta apresenta, no acumulado do ano, variação negativa, significando um ganho de poder de compra do salário no que se refere a itens básicos de alimentação. Contribuíram para esse resultado o ajustamento das cadeias produtivas de insumos agrícolas e as safras favoráveis de muitos dos alimentos componentes da cesta.
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Considerando-se que o que o salário-mínimo deveria ser suficiente para a aquisição de três cestas, o valor do salário-mínimo necessário deveria ser de R$ 2.117,14. Ainda, com os valores atualizados, uma só cesta compromete 53,5% do valor do salário-mínimo vigente.
“A variação de dois pontos percentuais é importante. O valor atingido é o maior desde junho e demanda atenção quando a evolução nos próximos meses. Apesar disso, no balanço anual a cesta permanece com valor inferior ao do início do ano”, diz o Prof. Pedro.
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Dos 13 itens pesquisados, oito apresentaram alta em seus preços e outros cinco apresentaram queda. Banana, carne e arroz destacam-se entre as altas. A banana, quarto item com maior participação na cesta, teve uma alta significativa (14,50%), atingindo o maior custo na cesta desde fevereiro.
A carne, item como maior participação na cesta, teve seu preço elevado em 5,23%, o que resultou em um custo adicional de R$ 12,43. Já a alta do arroz chama a atenção por ser a terceira seguida, o que manifesta e confirma tendência em razão do cenário de mercado deste item. Entre as quedas, destaca-se a do tomate, por sua importância na cesta (participação em torno dos 10%).