SHENZHEN, China, 22 de setembro de 2016 – /PRNewswire/ — A inauguração oficial no dia de hoje do Banco Nacional de Genes da China (CNGB – China National GeneBank) marca uma nova fase da colaboração genômica entre a China e o setor internacional, fornecendo aos cientistas de todo o mundo acesso a um dos mais completos e sofisticados biorrepositórios com o objetivo de permitir avanços nas pesquisas sobre a saúde humana e contribuir para os esforços de conservação da biodiversidade.

Sediado em Shenzhen e inaugurado oficialmente em 22 de setembro de 2016, o CNGB, no valor de um bilhão de dólares, ocupa mais de 47.500 metros quadrados e tem uma estrutura integrada de “Três Bancos e Duas Plataformas”, formada por um Biorrepositório, Centro de Dados de Bioinformática e Banco Biológico Vivo, uma Plataforma de Digitalização e uma Plataforma de Síntese e Edição.
Parceiros de todas as partes do mundo deram boas-vindas à contribuição do CNGB para a colaboração científica e a preservação da biodiversidade do planeta.
Iniciado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (China’s National Development and Reform Commission) em 2011, o CNGB é o resultado de cinco anos de desenvolvimento pela maior organização de genômica do mundo, a BGI.
O Presidente e co-Fundador da BGI, Professor Jian Wang, disse que a missão do CNGB é preservar a essência de bilhões de anos de história evolutiva e depósito da base de vida de bilhões de pessoas.
“O Banco Nacional de Genes da China representa a nova geração de um repositório de recursos genéticos, base de dados de bioinformática, base de dados de conhecimento e um acervo de ferramentas, para sistematicamente ‘Armazenar, Ler, Compreender, Escrever e Aplicar’ dados genéticos”, disse o Diretor do CNGB, Sr. Yonghong Mei.
“O CNGB integrará novas tendências na ciência da vida e nos desenvolvimentos internacionais de ponta em tecnologias ômicas para fortalecer ainda mais a função de ‘três bancos e duas plataformas’, um modelo que abrange o espectro desde os recursos até a pesquisa científica”.
O Estágio I do Biorrepositório do CNGB armazena mais de 10 milhões de amostras biológicas rastreáveis, incluindo material humano, vegetal, animal e micróbios e estabelecerá padrões internacionais para coleta, armazenamento e gerenciamento de amostras biológicas.
O Centro de Dados de Bioinformática se concentra no estabelecimento de um sistema de gerenciamento de dados de alto desempenho para armazenar e interpretar informações biológicas e, durante sua primeira fase, já atingiu 20PB (20 milhões de gigabytes) de capacidade de acesso e alcançará 500PB na fase II. O Centro hospeda mais de 10 bases de dados, com um mecanismo de busca, transmissão de dados e suporte de computação em nuvem.
A Plataforma Digital que foi lançada está equipada com 150 sequenciadores de bancada BGISEQ-500 e 1 super sequenciador, RevolocityTM, que produz 5PB de dados por ano, o que equivale à capacidade de sequência de 50.000 sequências completas de genomas.
A Plataforma de Síntese e Edição tem por objetivo desenvolver uma fundição de alta produtividade e baixo custo.
O Banco Vivo deverá guardar e proteger cerca de 300.000 espécies de plantas e milhões de animais e micróbios e irá acelerar a digitalização de recursos para dar origem a outras aplicações inovadoras.
“O CNGB tem por objetivo criar uma rede para incentivar a colaboração e a comunicação globais e para promover a inovação na comunidade”, disse o Diretor Executivo do CNGB, Dr. Xun Xu. O CNGB estabeleceu colaborações estratégicas com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO ??? Food and Agriculture Organization), com o Conselho de Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR – Consultative Group for International Agricultural Research), com o Instituto Smithsoniano (IS) e com a Rede de Biodiversidade Genética Global (Global Genome Biodiversity Network).
A inauguração do CNGB também contou com a assinatura de acordos com os parceiros globais Svalbard Global Seed Vault, Centro Alemão de Pesquisas sobre o Câncer (DKFZ), Instituto de Tecnologia Avançada de Shenzhen, Huawei e Aliyun nas áreas de digitalização de sementes, da epigenética da saúde infantil e síntese de genomas de fagos.
O Instituto Smithsoniano sob o comando do Secretário da Ciência, W. John Kress, informou que o armazenamento da biodiversidade do planeta em bancos de genes para o futuro foi uma das mais importantes e essenciais iniciativas que os cientistas podiam tomar.
“A colaboração entre a BGI, o Banco Nacional de Genes da China e o Instituto Smithsoniano forma uma forte parceria entre as principais organizações de pesquisa que nos garantirá a obtenção desse objetivo”, ele disse. “O trabalho conjunto é a melhor garantia para o sucesso”.
O líder do Genome 10K Consortium, Stephen J. O’Brien, disse, “Em nome da liderança do Genome 10K Consortium, tenho o prazer de apresentar nossos mais profundos e sinceros parabéns aos cientistas e aos líderes da BGI na inauguração desse inovador e audacioso prédio do Banco Nacional de Genes da China (CNGB), em Shenzhen. O CNGB deverá se tornar um centro de referência na sequência de genomas, análise e divulgação de dados para a melhoria translacional do nosso frágil planeta, dando prosseguimento à bem estabelecida tradição da BGI de criar interseções científicas abertas e voltadas para o futuro por todo o globo”.