Trinta quarenta anos. Esta é a distância histórica em que nomes de jovens, líderes entre os seus, ecoaram nos jornais e revistas, através do imortal rádio e das controversas televisões desse Pais. Trinta quarenta anos depois surgem nas ruas nomes, até desconhecidos da grande massa e da relapsa imprensa, a frente dessa mesma massa, que não suporta mais ver aqueles que sustentados pelo dinheiro do contribuinte, sapateiam nas necessidades do povo, e constroem avenidas a peso de ouro ou comissionam familiares para mante tudo ali, dentro de casa, ou no máximo, arregimentam pequenos currais, dentro de um feudo que por todos é sustentado, mas há poucos concede fatura.
Chega a ser saudosismo, pensar que mediante esses questionamentos que ganham voz e corpo, aqueles que preferem ficar quietinhos, na deles, não são capazes de se mexer como devem de fato! Estão mesmo que de maneia covarde e sem por a cara na rua, tentando amedrontar, polemizar, caluniar, desmoralizar, os que por imenso civilismo, e percepção de momento, clamarão a população ás ruas, e mesmo depois do superficial resfriamento dos ânimos, continuam a cobrança digna e de direito, cada um á sua maneira, alguns desses de maneira combativa, viril, através do embate, outro de maneira mais intelectual, direcionada, questionante, porém ambas muito bem fundamentadas e validadas pelas atitudes, dos mesmo que ao ver o castelo de areia desmoronar, ou ao mesmo a ameaça dessa ocasião, também confrontam, afrontam, atentam, ou simplesmente se esquecem de
responder ao povo, aquele mesmo povo que constroem seus salários, salários estes nababescos, em relação á realidade dos que representam.
Há nas cidades meio irmãs, mas tão irmãs, que até as pequenas contendas tradicionais de família acontecem. Seja pela agremiação futebolística, seja pelas escolas tradicionais, seja pelas vocações industriais ou agrícolas, mas sempre semelhantes, tão semelhantes, que de um lado, quem manda persegue com tanta volúpia quem questiona voluptuosamente, que chega até a violar o espaço sagrado de uma residência, e do outro, silenciam-se de tal forma, que se confunde com a investida racional e intelectual que emana de quem arregimentou o povo. De um lado força, muita força e presença, do outro calculo e raciocínio, mas em ambos os lados, o questionamento, o incômodo, daqueles que optaram por assolar o povo, e já enxergam cada vez mais perto o final dessa era.
Americana e Santa Bárbara d???Oeste, duas cidades, cidades irmãs, mas com muito mais em comum do que um derby futebolístico, em comum, os que cobram e reivindicam, e em comum os que apadrinham, os que sonegam, os que enganam, os que não trabalham para quem se deve trabalhar, não trabalham pelo povo, não ouvem as necessidades do povo e e tão pouco desses povo querem saber, são esses os mesmo fantasmas que aparecem e reaparecem de quatro em quatro anos.
Cidades irmãs! Santa Bárbara e Americana; Americana e Santa Bárbara!