Os políticos de Americana odeiam as mulheres, por Awdrey Kokol
Expulsar uma mulher da sessão foi algo premeditado pelo Presidente da Câmara. Entre outras vozes, sob a mira da intolerância, fez a gama retirar uma mulher que se manifestava contra a Moção n. 421/24.
A noite na inauguração da reforma da maternidade, voz da vereadora que contribuiu com o recebimento da verba, foi abafada, porém ao tomar o microfone para falar, ela foi chamada de mal- educada.
Numa Câmara onde três vereadoras são mulher, 16 homens, e ainda assim, apenas uma está na oposição, nos pintam como baderneiras, má-educadas, extremistas e abortistas, é a forma que eles usam para nos calar.
Minha mãe me disse: antes a gente lutava mas as violências não tinham nome. Hoje elas têm e são identificadas, não somos mais loucas.
Exatamente, movimentos em prol dos direitos de igualdade de gênero tiveram muitas conquistas ao longo do tempo, a luta é árdua a todo dia.
Hoje conhecemos bem essa narrativa de ódio às mulheres.
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As mulheres estão denunciando mais porque elas confiam mais nas leis que o movimento trouxe, crianças estão sendo salvas e protegidas de abusadores, porque nós mulheres trouxemos essa pauta, direitos reprodutivos da mulher, acessos a benefícios, questões relativas a educação infantil, como creche integral, inclusão, foram sempre puxadas pelas mulheres políticas, e vejam só, avançamos, ainda quando silenciadas, ainda quando derrotadas.
Mas o homem, na sua cadeira de vereador, não aguenta um grito.
É o poder que levanta a voz do homem violento, sua força é a violência.
Peder o medo, faz o homem usar a sua arma.
Awdrey F. Kokol.
Mãe, ativista, advogada, Conselheira Estadual da OAB -SP.
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