Desde 2019, as fintechs e os bancos digitais ganham espaço no mercado brasileiro. Dados da Serasa Experian mostram que, em setembro de 2022, o setor já representava 3,6% na movimentação de inclusão e exclusão de dívidas no banco de dados de inadimplência no Brasil. Em comparação com o mesmo mês de 2019, o crescimento foi de 129%, reforçando a maior representatividade das fintechs no mercado de crédito. Veja a representação do crescimento no gráfico abaixo:
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“As fintechs e os bancos digitais possuem modelos de negócio baseados em tecnologia inovadora e oferecem uma melhor experiência aos clientes, atraindo públicos que muitas vezes os bancos tradicionais não alcançam. Ao mesmo tempo que a evolução do segmento acelera a democratização do acesso ao crédito, o risco da inadimplência é inerente ao negócio. Esse cenário demanda por soluções integradas para uma melhor gestão do risco no mercado de atuação, sendo necessários mecanismos para mitigar a incidência do endividamento”, declara o diretor de Serviços de Crédito da Serasa Experian, Alex Franco.
Fintechs. Conheça mais um pouco
Outro recorte do estudo mostra a evolução da performance das fintechs e bancos digitais na recuperação de crédito. Em 2019, 68,6% do total de dívidas negativadas foram recuperadas, isto é, saíram da inadimplência. Embora os dados mostrem que houve queda em 2020 e 2021, dois anos bastante impactados pelas crises econômicas decorrentes da pandemia da Covid-19, em 2022 houve uma retomada no índice de recuperação, mostrando que as fintechs vêm alcançando melhores resultados em suas estratégias de cobrança, mais um indicativo de maior maturidade do segmento.
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Ainda de acordo com Franco, os dados do gráfico refletem o aumento da aplicação de serviços que auxiliam numa melhor precisão de decisões para diminuir o risco dos negócios das fintechs e bancos digitais. Dados da Serasa Experian sobre usabilidade de ferramentas mostram que, entre 2021 e 2022, a verificação do Score para concessão de crédito aumentou em 92%, reforçando o diferencial Serasa com o vasto histórico de dados restritivos, enriquecidos com os dados oriundos do cadastro positivo. Já o uso das plataformas de automação de decisão cresceu 52%, seguido pelas soluções de cobrança (11%), o que denota uma maior preocupação do segmento no uso de ferramentas de inteligência na análise e decisão de crédito.
“Por terem melhorado as estratégias de concessão de crédito, gestão de carteira e negociação de débitos, as fintechs estão mais conscientes sobre o uso de ferramentas integradas a fim de atuar com mais segurança e diminuir as perdas com a inadimplência. Essas empresas precisam de parceiros que auxiliem com dados e soluções analíticas que ofereçam uma visão completa dos seus clientes para continuarem crescendo de forma sustentável”, analisa Franco.
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