A partir deste domingo, Dario Saadi (Republicanos) sobe um degrau a mais na sua longeva trajetória política: vereador por várias legislaturas, presidente da Câmara, presidente do Hospital Mario Gatti, secretário municipal e, agora, prefeito de Campinas a partir de 1º de janeiro de 2021.

Com quase 99,9% das urnas apuradas, ele tem 57,1% dos votos válidos contra 42,9% de Rafa Zimbaldi/PR.

Após começar mal nas pesquisas e estar ameaçado de não ir para o segundo turno, o candidato do prefeito Jonas Donizette (PSB) finalmente decolou, garantiu o primeiro lugar em 15 de novembro e, neste segundo turno, a divulgação da apuração pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) neste momento dá como irreversível a sua vitória para prefeito de Campinas, contra o seu adversário, o deputado estadual Rafa Zimbaldi (PL).

Para chegar à vitória, o apoio dos demais partidos foi fundamental. O primeiro partido que declarou apoio a Dario Saadi foi o PDT, já na noite da apuração do 1º turno, numa costura política que teve à frente o vice-presidente do partido, Flamínio Maurício Neto e o presidente Francisco Soares de Souza. Logo vieram outros apoios de candidatos derrotados e de partidos que ficaram de fora do segundo turno: André Von Zuben (Cidadania); Rogério Menezes (PV), Artur Orsi (PSD), além de uma frente de entidades sindicais e federações de trabalhadores.

O futuro prefeito terá que ampliar o arco de alianças, se quiser ter maioria folgada na Câmara de Vereadores. Os resultados do primeiro turno demonstram que pelo menos 12 dos 33 futuros vereadores serão oposição. Caberá ao futuro vice-prefeito, o experiente articulador político e ex-secretário Wanderley Almeida, o Wandão, fazer essa ponte com o Poder Legislativo.