A UNISAL – Americana promoveu um debate entre os candidatos ao conselho tutelar de Americana. De 18 candidatos, apenas 11 compareceram ao debate, desses 11, uma foi embora poucos minutos após o início porque ficou nervosa demais em debater.
A advogada Amanda Martins de Castro foi ao evento e comentou o que viu. “Eu não preciso ir longe pra dizer o quanto fugir de um debate traz graves consequências. Quem foge de um debate é um covarde e um covarde não pode estar à frente de um cargo tão importante, posto que seu dever é enfrentar o que preciso for para garantir o cumprimento do ECA e dos Direitos Humanos Fundamentais das crianças e dos adolescentes. Em segundo lugar, quem vota em alguém de quem não sabe sequer seu posicionamento político e ideológico, obviamente, não vota com consciência, mas por interesses próprios”, disse.
Outra preocupação é a influência religiosa em algumas candidaturas ao conselho. Uns mais discretos, outros mais orgulhosos de demonstrarem isso (uma antes de dizer o nome já se declarou evangélica e o outro é um diácono e se apresenta como tal). Um conselho que atua dentro de um Estado laico e que atenderá uma diversidade imensa e pessoas que, normalmente, a igreja repudia, conseguirá agir com toda sua essência tendo como conselheiros pessoas dogmáticas? Ora, qual o interesse da igreja em ocupar esse espaço tão importante?