(Reuters) – Na reta final para a votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer pelo plenário da Câmara dos Deputados, o Palácio do Planalto concentra esforços em garantir quórum para votar o tema na quarta-feira e assegurar o mesmo número de votos da primeira denúncia, e avisou aos parlamentares que, desta vez, as consequências de votar contra o presidente serão mais duras.
Presidente Michel Temer durante cerimônia em Brasília 23/10/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino???Se é governo tem que ser Temer. Se votar contra de novo não é governo, e aí tem consequências???, disse uma fonte palaciana ouvida pela Reuters.
O governo trabalha para atender pedidos de parlamentares, mas também com a força que tem, mesmo desgastado, em um ano eleitoral como será 2018. O discurso é que o Planalto só apoiará no ano que vem quem entregar seu voto agora. Quem não o fizer será considerado oposição.
???Governo sempre é importante em uma eleição, e os parlamentares sabem disso???, disse a fonte.
O recado foi dado, mas a ação só virá depois da votação. Como na primeira denúncia, deputados perderão indicações, que serão trocados por nomes de parlamentares fiéis. Mas, se ainda abriu espaço para arrependimentos da primeira vez, agora o Planalto promete ser duro até o final de 2018.