Em um dia em que o real se descolou da maioria das moedas de países emergentes, o dólar subiu, amparado pelo cenário externo adverso e pelas tensões com a política fiscal no Brasil. A bolsa caiu nesta sexta-feira (16), mas acumulou ganhos na semana.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,642, com valorização de R$ 0,019 (+0,32%). A divisa alternou momentos de alta e de baixa durante a manhã, mas passou a subir no início da tarde, até fechar próxima da máxima do dia.
Em alta pelo quarto dia seguido, o dólar encerrou a semana com ganho de 2,08%, passando a acumular alta de 0,41% em outubro. Em 2020, a divisa valorizou-se 40,59%.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, operou próximo da estabilidade durante quase todo o dia, mas fechou a sexta-feira com recuo de 0,75%, aos 98.309 pontos. Apesar da queda no dia, o indicador acumula alta de 0,85% na semana.
Nos últimos dias, o mercado financeiro tem passado por momentos de turbulência com o ressurgimento da covid-19 em países da Europa, o que tem levado diversos países do continente a adotar novas medidas de restrição. Nos Estados Unidos, as tensões em relação às eleições presidenciais e o impasse em relação a um novo pacote de estímulos para a maior economia do planeta.
Nesta sexta, a farmacêutica Pfizer informou que pode pedir aprovação do governo norte-americano para o uso emergencial de sua vacina em novembro. As vendas no varejo nos Estados Unidos, que subiram mais que o esperado em setembro, animando os mercados internacionais e fazendo o dólar cair contra quase todas as moedas do planeta.
O real, no entanto, desvalorizou-se com a possibilidade de que o estado de calamidade pública seja prorrogado para o início de 2021. A bolsa de valores brasileira caiu puxada por um movimento de realização de lucros, quando investidores vendem ações para embolsarem ganhos. Isso ocorreu com ações de bancos e da Petrobras, que tinham subido nos últimos dias.
Com informações Agência Brasil