O drama dos 13 milhões de desempregados e 37 milhões na informalidade, com todo o sofrimento para suas famílias, é o tema mais urgente no Brasil atual. Criar novos empregos é, portanto, a principal prioridade hoje no país, mas a situação é particularmente grave na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Com 20 municípios e mais de 3 milhões de moradores, a RMC sempre teve uma posição diferenciada no cenário brasileiro. Com muitas indústrias e um parque tecnológico e universitário de peso, em termos econômicos a região de Campinas sempre se destacou na geração de empregos e renda. Entretanto, os últimos dados mostram uma situação muito preocupantes na Região Metropolitana de Campinas. De acordo com pesquisa da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), a região tem 247 mil desempregados. ?? como se uma cidade pouco menor que Sumaré estivesse toda desempregada! Um absurdo, é inaceitável isso! Mas há outras informações também muito preocupantes. Segundo levantamento do Observatório da PUC-Campinas, a média regional salarial em julho na RMC foi de R$ 1.710,00, abaixo da média estadual, de R$ 1782,00. ?? a primeira vez em dez anos que a média salarial da RMC é menor do que a média no estado de São Paulo. A média da região de Campinas sempre foi cerca de 2 a 3% superior à média estadual. Os dados do Observatório da PUC-Campinas foram pesquisados a partir de informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. A questão é que a Região Metropolitana de Campinas, que sempre se destacou na produção da riqueza de São Paulo e do Brasil, também está sofrendo muito com o desemprego. ?? urgente um conjunto de medidas para retomar a criação de empregos na RMC, como o maior apoio às micro, pequenas e médias empresas e também às startups de tecnologia que existem na região. Mais cursos técnicos e a criação de um Comitê Regional de Emprego e Renda da RMC, com a participação de vários setores, para discutir saídas comuns para a geração de emprego e mais renda para as famílias que não aguentam mais o fantasma do desemprego.