Após fechamento de 12.716 vagas em janeiro, varejo da região metropolitana de São Paulo amplia, em fevereiro, saldo de mão de obra registrada com mais 2.119 empregados
O mercado de trabalho formal do comércio varejista na região metropolitana de São Paulo (RMSP) voltou a crescer em fevereiro, com mais 2.119 vagas ocupadas, totalizando 1.009.639 empregados registrados – aumento de 0,21% sobre janeiro. Em relação ao estoque de trabalhadores formais de fevereiro do ano passado (999.830), o resultado atual foi 0,98% maior. No primeiro mês do ano, o varejo havia fechado 12.716 postos de trabalho, maior baixa para janeiro desde 2008.
Os números são da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), com base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O avanço em fevereiro foi resultado da contratação de 50.450 profissionais em relação à dispensa de 48.331 empregados. Para a assessoria econômica da FecomercioSP, esse indício de cenário positivo para a contratação formal de mão de obra não tem sido refletido em perspectivas favoráveis nas pesquisas que apuram a confiança de empresários e consumidores.
Por isso, a discreta melhora não deve ser entendida como uma tendência, sobretudo porque muitos agentes econômicos ainda têm se mostrado receosos quanto aos rumos da economia nacional.
Dos dez segmentos avaliados pelo estudo, no comparativo mensal, apenas o de lojas de vestuário, tecidos e calçados teve retração do quadro de funcionários, com variação de -0,95% entre janeiro e fevereiro. Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos mantiveram praticamente o mesmo número de contratados, com alta de somente 0,03%.
Todos os demais registraram taxas de crescimento acima da média do comércio em geral, que avançou 0,21%: farmácias e perfumarias (0,32%), concessionárias de veículos (0,32%), móveis e decoração (0,34%), supermercados (0,36%), autopeças e acessórios (0,48%), outras atividades do varejo (0,5%), materiais de construção (0,6%) e lojas de departamentos (0,61%).
Para o ano, ainda segundo a assessoria econômica da Federação, há uma perspectiva favorável relacionada à realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil e às eleições. Os eventos têm potencial para estimular as vendas do comércio e, consequentemente, o mercado de trabalho formal, apesar do pessimismo constatado entre empresários e consumidores.