A Vigilância Epidemiológica da Saúde Municipal de Nova Odessa promoveu nesta sexta-feira (09/02) uma capacitação sobre o protocolo (o fluxo de atendimento) dos casos suspeitos de dengue. Participaram os enfermeiros responsáveis pelas 7 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da cidade. Desde o início do ano, as Unidades Básicas estão abertas a receber pacientes com sintomas da doença: febre acompanhada de dor de cabeça e dores no corpo, principalmente articulares, náusea e petéquias (manchas vermelhas pelo corpo).
Antes, durante a semana, o mesmo conteúdo já havia sido detalhado para as coordenações do Pronto Socorro do Hospital e Maternidade Municipal e do PAM (Pronto Atendimento Municipal) do Jardim Alvorada. O fluxograma de atendimento foi definido pela equipe da coordenadora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Paula Mestriner.
“Nossas UBSs têm plena capacidade e infraestrutura para atender os casos de dengue clássica, de pacientes com sintomas como febre, dor no corpo ou atrás dos olhos, náusea, vômito, gosto amargo na boca – ou seja, de pacientes que não necessitam de internação”, explicou a enfermeira.
“Já as pessoas que tiverem sintomas adicionais que são sinais para dengue grave devem procurar o PAM ou o Hospital Municipal. Esses sinais de alerta adicionais incluem sangramentos em qualquer lugar do corpo, dor abdominal intensa, vômitos intensos ou com sangue, desmaios etc”, acrescentou Paula.
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Também foi reforçada a importância da notificação compulsória dos casos suspeitos por todos os profissionais de Saúde – inclusive da Rede Privada –, para que os profissionais de controle de Endemias do Setor de Zoonoses da Prefeitura possam iniciar imediatamente o trabalho de campo.
Este trabalho de campo (ou “BCC – Busca e Controle de Criadouros”) inclui a busca ativa por outros pacientes sintomáticos na residência e na vizinhança do paciente com suspeita de dengue, e a remoção de materiais inservíveis que possam servir de criadouros para as larvas do mosquito transmissor do vírus da dengue, o Aedes aegypti.
A coordenadora lembrou ainda que “casos leves de dengue não demandam exame laboratorial para deflagrarmos o trabalho de campo, a BCC”. “Porque, como já estamos em uma situação de alerta para o risco de dengue, os sinais clínicos típicos da doença já são suficientes para iniciarmos as ações preventivas de campo na região onde esse paciente reside”, acrescentou Paula Mestriner.
Por fim, ela lembrou que a Rede Municipal de Saúde dispõe de testes rápidos para dengue nas unidades, que devem ser utilizados na suspeita de dengue grave. Casos de dengue clássica não passam por exame de sorologia específico, bastando a confirmação clínica pelo médico, a partir dos sintomas, mais o hemograma.
Lembrando que o Setor de Zoonoses da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Nova Odessa mantém a batalha diária contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya.
Nova Odessa e região seguem em estado de alerta para risco de epidemia da doença. Em janeiro, foram registrados 30 casos positivos da doença na Rede de Saúde da cidade. Nos anos anteriores, circulava pela cidade a dengue tipo 1, mas em 2024 retornou o sorotipo 2, para o qual, poucas pessoas têm imunidade, o que amplia o risco de epidemia.
COMO COMBATER O AEDES AEGYPTI EM CASA
– Não deixe água parada, elimine os objetos em que o mosquito nasce e se desenvolve, para evitar sua procriação.
– Deixe sempre bem tampados e lave com bucha e sabão as paredes internas de caixas d’água, poços, cacimbas, tambores de água ou tonéis, cisternas, jarras e filtros.
– Plantas que possam acumular água devem ser tratadas com água sanitária na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, regando no mínimo, duas vezes por semana. Tire sempre a água acumulada nas folhas.
– Não junte vasilhas e utensílios que possam acumular água (tampinha de garrafa, casca de ovo, latinha, saquinho plástico de cigarro, embalagem plástica e de vidro, copo descartável etc) e guarde garrafas vazias de cabeça para baixo.
– Entregue pneus velhos ao serviço de limpeza urbana, caso precise mantê-los, guarde em local coberto.
– Deixe a tampa do vaso sanitário sempre fechada. Em banheiros pouco usados, dê descarga pelo menos uma vez por semana.
Os munícipes que identificarem possíveis criadouros em terrenos baldios devem comunicar o Setor Municipal de Zoonoses, pessoalmente ou por meio do telefone (19) 3466-3972.
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