Crise nos céus: Escassez de pilotos nos EUA gera demanda por profissionais estrangeiros e cria oportunidade para brasileiros

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Escassez nos EUA gera demanda por estrangeiros

A aviação comercial enfrenta uma escassez histórica de pilotos, especialmente nos Estados Unidos. De acordo com estimativas da Boeing, o mundo precisará de 660 mil novos pilotos até 2044, sendo mais de 180 mil nos EUA até 2034, segundo dados do Departamento de Trabalho americano.

Com esse cenário, pilotos estrangeiros altamente capacitados, especialmente da América Latina, passaram a ser vistos como parte da solução. Brasileiros com experiência e boa formação já despontam como perfis valorizados por companhias aéreas americanas — que enfrentam ondas de aposentadoria, crescimento na demanda por voos e dificuldades na reposição de profissionais.

No entanto, o caminho até a cabine de comando de uma aeronave americana exige mais do que habilidade técnica: envolve processos migratórios complexos, revalidação de licenças junto à FAA e domínio das exigências legais dos EUA.

Imigrar com estratégia: o papel do suporte jurídico

Nesse contexto, a busca por orientação jurídica tem crescido entre pilotos latino-americanos interessados em atuar no mercado norte-americano. O apoio especializado ajuda a compreender os diferentes tipos de vistos disponíveis, os requisitos da legislação americana e os passos necessários para garantir que o processo seja conduzido de forma correta e transparente.

“A demanda é real, mas o risco de insucesso também. Muitos profissionais enfrentam obstáculos por falta de orientação adequada ou por desconhecerem os critérios específicos de cada tipo de visto. É fundamental que o processo seja conduzido com atenção às exigências legais e às particularidades da profissão”, afirma o advogado Murtaz Navsariwala, fundador do Murtaz Law, escritório com mais de 15 anos de atuação em imigração profissional qualificada.

Entre as opções mais viáveis, destacam-se os vistos EB-2 NIW (para profissionais com habilidades excepcionais), EB-3 (com oferta de emprego) e H-1B (para trabalho qualificado com sponsor). Em alguns casos, também é possível buscar caminhos para o green card, dependendo do perfil do candidato e das exigências do empregador.

Apesar de atraente, a chance de trabalhar como piloto nos EUA exige atenção aos detalhes. Um processo malconduzido pode gerar indenizações contratuais, perda da vaga ou até a proibição de entrada no país. “Nosso escritório tem atendido um número crescente de pilotos em busca de alternativas legítimas e viáveis. O segredo é sempre alinhar expectativa com realidade jurídica e preparar um plano migratório adequado ao perfil de cada candidato”, reforça Murtaz.

Com o crescimento contínuo da aviação e os altos custos para formar pilotos localmente, os EUA devem continuar abrindo portas para talentos internacionais. Mas só entrará quem estiver devidamente preparado — juridicamente, tecnicamente e documentalmente.

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