Duas escolas da região – uma em Nova Odessa e outra de Sumaré – irão adotar o modelo cívico-militar já a partir do segundo semestre deste ano. As unidades de ensino aprovaram a participação no programa, em votação interna, e foram selecionadas pela Seduc-SP (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo). É a Escola Estadual ‘Professora Silvania Aparecida Santos’, no bairro Jardim Santa Luiza, e Escola Estadual ‘Marinalva Gimenes Colossal da Cunha’, no Parque Jatobá.

Ao todo, a pasta estadual escolheu 100 unidades, entre 132 concorrentes e a lista saiu nesta segunda-feira (28). Entre os meses de março e abril, a Seduc realizou consultas públicas em 302 escolas que, no ano passado, manifestaram interesse no modelo cívico-militar. Houve três rodadas de votação, para que a comunidade escolar pudesse decidir sobre a implantação ou não do programa. Puderam votar mãe, pai ou responsável pelos alunos menores de 16 anos de idade; estudantes a partir de 16 anos de idade, ou seus familiares, em caso de abstenção de alunos dessa faixa etária; e professores e outros profissionais da equipe escolar.

Em Hortolândia, foi selecionada a escola Yasuo Sasaki, no Jardim Santa Esmeralda. Além das três escolhidas, outras duas unidades da região participaram do processo: ‘Professora Maria Ivone Martins Rosa’ (Parque Jatobá), de Sumaré, e a ‘Professora Conceição Aparecida Terza Gomes Cardinales’, no Jardim Amanda, também de Hortolândia. Entretanto, em ambas não tiveram aprovação da comunidade escolar. As cidades de Americana e Santa Bárbara d’Oeste ficaram de fora.

Modelo educacional

Os defensores do modelo educacional afirmam que é parte de um esforço para reforçar a qualidade do ensino em regiões com índices maiores de vulnerabilidade social e educacional. O baixo desempenho acadêmico é medido pelo Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) e o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp). os indicadores foram fundamentais para a seleção dentre mais de 300 escolas que manifestaram interesse em 2024.

O novo modelo mesclará a presença de militares, que se encarregarão da disciplina dos estudantes, com profissionais da educação, responsáveis pelos conteúdos acadêmicos. Essa integração tem como objetivo criar um ambiente educacional seguro, ordenado e focado no desenvolvimento de habilidades essenciais para a cidadania consciente. As atividades extracurriculares, desenvolvidas em colaboração entre as Secretarias de Educação e de Segurança Pública, devem promover valores como civismo, dedicação, e respeito, buscando potencializar o desempenho dos estudantes dentro e fora das salas de aula.

O governo estadual fornecerá apoio financeiro e técnico para a transição para este modelo, ajudando na capacitação dos profissionais envolvidos e na aquisição de uniformes que caracterizarão a nova identidade das escolas participantes.