A vereadora de Santa Bárbara d’Oeste, Esther Moraes (PL), publicou, nesta quinta-feira, uma nota oficial após ser atacada verbalmente, durante sessão da Câmara, pelo vereador bolsonarista Felipe Corá (Patriota). Segundo relato da vereadora, Felipe Corá a chamou de insignificante e “ordenou” que ela “continuasse latindo”. As falas de Corá foram apoiadas pelo vereador Isac Motorista (Republicanos).
Essa não é a primeira vez que Felipe Corá ofende uma mulher. O vereador barbarense já foi condenado a pagar R$8 mil após mandar que a vereadora de Americana Professora Juliana (PT) lavasse a boca com ácido sulfúrico.
O vereador Felipe Corá disse que não vai se posicionar.
O presidente da Câmara, vereador Joel do Gás (PV), afirmou que até o momento a vereadora Esther pediu as imagens e os áudios da sessão.
Veja a nota:
Durante a minha fala na Palavra Livre desta quarta-feira (17) fui alertada pela vereadora Kátia Ferrari, a única outra mulher entre os 19 legisladores barbarenses, de que o vereador Isac Sorrillo estaria sentado na área destinada ao público, rindo e fazendo mímicas durante minha argumentação.
Ao ser interpelado, ele voltou à área destinada aos vereadores, iniciando uma discussão em que teve o apoio do vereador Felipe Corá, que se referiu a mim como “insignificante” e ordenou, com gestos ofensivos, que eu “continuasse latindo”. Esse desrespeito público a uma vereadora, infelizmente, não é novidade. Essa prática já é reconhecida como violência política de gênero, que se caracteriza por um conjunto de agressões, com o intuito de impedir que as mulheres desempenhem seu mandato.
Por acreditar que nenhum político pode se valer da imunidade parlamentar para proferir discurso de ódio, ofensivo, humilhante e discriminatório, estudo, neste momento, as medidas cabíveis, tanto administrativa, quanto juridicamente. Agradeço o apoio que recebi nas últimas horas, principalmente das mulheres que acompanham o meu mandato, e se sentiram tão ofendidas quanto eu. Lutamos muito para conquistar nosso espaço na política e não será agora que vão nos calar.