A asma é uma doença pulmonar crônica que afeta entre 12% e 20% da população infantil e adulta, respectivamente, causando o estreitamento dos brônquios, dificultando a passagem do ar e provocando broncoespasmos, que são contrações das vias aéreas. Atualmente, a doença requer ainda mais cuidados, já que ainda estamos enfrentando a pandemia.

Segundo um estudo recente realizado no Brasil, pessoas asmáticas que realizam 30 minutos de atividade física, pelo menos três vezes na semana, conseguem inibir as crises. “Pacientes com asma podem e devem praticar exercícios físicos, já que essa prática tem um efeito benéfico no controle da doença e diminuição de crises. Além disso, os exercícios respiratórios são fundamentais para auxiliar no tratamento”, diz Ronaldo Macedo, coordenador do Ambulatório de Doenças Pulmonares Difusas/Intersticiais do HC da Unicamp. “Ainda lidando com o vírus da Covid-19, além dos exercícios já citados, é de extrema importância manter os cuidados básicos como uso de máscara, álcool gel, evitar aglomerações e procurar sempre locais abertos”, completa o especialista.

É necessário um acompanhamento médico para avaliação e controle da doença. Os principais sintomas são: tosse seca, falta de ar, chiado nos pulmões, cansaço e dor ou aperto no peito.

O pneumologista pontua que a prática de atividade física regular contribui diretamente para o desenvolvimento respiratório e melhora a aptidão cardiopulmonar, reduzindo os sintomas da asma. “Exercícios respiratórios acompanhados de um especialista, treinamento muscular respiratório, reabilitação pulmonar e técnicas de higiene brônquica é o combo necessário para combater a doença”, conclui Ronaldo Macedo. Vale ressaltar que qualquer prática de exercício deve ser avaliada e liberada por um médico.

Sobre o Dr. Ronaldo Macedo

Ronaldo Macedo é pneumologista formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, tendo participado como Observer Fellow no Serviço de Transplante Pulmonar no Toronto General Hospital, no Canadá. Trabalha há quase 10 anos no Hospital de Clínicas da Unicamp, onde é coordenador do Ambulatório de Doenças Pulmonares Difusas /Intersticiais (ambulatório de referência na Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia), e no Hospital Vera Cruz / Campinas. É também professor da disciplina de Emergências Respiratórias na pós-graduação de Medicina de Emergência do Instituto Terzius.