O partido de extrema direita Vox foi um dos grandes derrotados

da eleição deste domingo na Espanha. Antes dono de 52 cadeiras, o partido ‘bolsonarista’ da Espanha caiu para 33 cadeiras, perdendo 19 postos. A Espanha votou neste domingo (23/7) nas eleições antecipadas que foram marcadas por calor extremo e que renderam resultados mais apertados do que as pesquisas indicavam.

Com mais de 95% dos votos apurados, o conservador Partido Popular (PP) liderado por Alberto Núñez Feijóo tem vantagem sobre o Partido Socialista (PSOE) do atual primeiro-ministro, Pedro Sánchez.

Com esses resultados, o PP obteria 136 cadeiras, ante 122 do PSOE.

Extrema direita tem grande derrota na Espanha

O partido de extrema direita Vox está em terceiro lugar com 33 assentos e a coalizão de esquerda Sumar está em quarto lugar com 31.

O PP está à frente do PSOE mas, somado ao Vox, está longe da maioria absoluta. Com 99,94% dos votos apurados, as contas dos deputados eleitos está fechada: PP de Alberto Núñez Feijóo garantiu 136 , mais 47 do que 2019, enquanto o Vox de Santiago Abascal tem 33 deputados, quando o limiar da maioria absoluta está fixada nos 176 deputados. O PSOE de Pedro Sanchez garante elegeu 122 deputados. Cenário de Feijóo ou Sanchez a tentarem ser Governo está, assim, em cima da mesa. Tal como a possibilidade de uma segunda ronda de eleições.

O PSOE, com 122 deputados, e o Somar, com 31, totalizaram 153 lugares no parlamento e poderão ter mais deputados do que a direita com os aliados da última legislatura.

Ferramentas da Justiça para frear a indústria de golpes no Brasil

 

Antonio Amaro Mesquita Neto*

As fraudes e os golpes financeiros assombram diariamente os consumidores e investidores brasileiros.  Os números recentes revelam um cenário preocupante e assustador. Segundo o cruzamento dos resultados de pesquisa da empresa de prevenção de fraudes e segurança digital CAF e dados do Banco Central houve 2,8 mil tentativas de fraudes financeiras em canais eletrônicos por minuto no Brasil, apenas no primeiro trimestre de 2023. A análise foi realizada, além dos dados da base do BC, em outras operações, como serviços financeiros, ambiente móvel, que abrange transporte e delivery, e comércio eletrônico.

O levantamento mostra que, de janeiro a março, 1,73% das transações digitais no sistema financeiro do país teve intenções criminosas. O maior volume de fraudes, segundo o estudo, ocorre predominantemente durante o horário comercial, entre as 10h e 18h.  Dentre os meios onde as fraudes têm acontecido, os serviços financeiros estão em primeiro lugar, seguidos da mobilidade, que apresentou uma taxa de 1,27%, enquanto o comércio eletrônico, de 0,31% no primeiro trimestre de 2023.

Outro fator preponderante para o crescimento dos golpes foi o surgimento das criptomoedas, que alcançaram cifras inimagináveis e abriram um caminho fértil para empresas clandestinas de investimentos “fisgarem” vítimas com a promessa de retorno expressivo de dinheiro em um curto espaço de tempo. Milhões de brasileiros se tornaram vítimas de supostos empresários do mundo financeiro, que estão utilizando a tecnologia e empresas de fachada para adotarem pirâmides financeiras e esquemas “Ponzi”.

Esses golpes têm um roteiro definido e cada vez mais conhecido, embora ainda atraiam investidores de todas as partes do Brasil.

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As empresas costumam fatiar a operação em etapas. Primeiro, com uma publicidade feroz em redes sociais, algumas pagas com a participação de influencers e até famosos (esportistas, atores, atrizes e apresentadores), em que prometem lucros maiores daqueles praticados usualmente no mercado financeiro. Depois, na segunda fase, aproveitando a euforia do investidor, que enxerga que o número de participantes está crescendo e os mais antigos estão sacando seus lucros, conseguem aumentar os valores dos investimentos. Já a terceira fase é aquela em que começam os problemas: os investimentos se estabilizam e as empresas começam a atrasar os saques. É a partir desse momento que elas entram na fase em que o golpe se torna ainda mais evidente: não conseguem mais pagar os resgates e criam justificativas, como problemas operacionais e até ataques de hackers ou desvios de recursos.

 

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