Faltam hoje 717 delegados de polícia no Estado de São Paulo, de acordo com os dados do Defasômetro do SINDPESP, já atualizados e divulgados esta semana. São dez cargos a mais do que no mês passado.
O déficit total da Polícia Civil paulista, hoje, é de 12.972 cargos, 31% do total previsto em lei. A nova divulgação do Defasômetro atualizou os números de todas as carreiras. Faltam atualmente 3.060 investigadores (46 a mais do que no mês passado), 2.895 escrivães (48 a mais), 924 agentes policiais (13 a mais), 855 agentes de telecomunicação (14 faltantes a mais), 300 papiloscopistas (sete a mais), 450 auxiliares de papiloscopista, 269 médicos legistas (seis a mais), 262 peritos criminais, 154 fotógrafos (34 a mais), 42 desenhistas (cinco a mais) e 102 atendentes de necrotério. Há 26 cargos a mais de auxiliar de necrotério. Os carcereiros somam 2.968 cargos extintos (11 a mais do que no mês passado). O SINDPESP considera inaceitável a extinção do cargo sem que o fato não seja contabilizado como perda. No lugar do que sai, deveria ingressar um funcionário de outra carreira, pois todo policial civil operacional colabora nas tarefas de uma delegacia, seja no atendimento ao cidadão, na investigação, na condução de viatura ou outros serviços. O carcereiro, hoje, ainda mais com o imenso déficit imposto à Polícia Civil, tem valiosa contribuição em todas essas atividades. Os dados do Defasômetro permanecem praticamente no mesmo patamar desde que passaram a ser divulgados, em outubro de 2017 (confira todas as tabelas em http://sindpesp.org.br/defasometro.asp). “O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo espera que o próximo governador de São Paulo corrija essa grave falha para com a Polícia Civil do Estado de São Paulo. O déficit de pessoal que existe hoje é inaceitável”, afirma Raquel Kobashi Gallinati, presidente do SINDPESP. “Sem uma polícia judiciária forte, o crime organizado cresce e a segurança pública fica sob risco. As pessoas tornam-se reféns do medo. ?? preciso responsabilidade do governante para com a população. Investir em polícia judiciária é uma obrigação do Estado, não uma decisão política do gestor”, completa a presidente.