A família de um morador de Limeira autorizou a doação de todos os órgãos para beneficiar pacientes que estão na lista do Cadastro Nacional de Transplantes. O paciente (31 anos) que estava na UTI do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, teve morte cerebral constatada no dia 17 de abril.O helicóptero Águia da Polícia Militar esteve no Hospital para buscar o coração do paciente, que foi levado para o Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo. Os demais órgãos estão em processo de captação.De acordo com o coordenador da Comissão Intra-hospitalar de Doação de ??rgãos do Hospital Municipal, Dr. Eduardo Miranda, o processo de captação é iniciado quando existe a notificação de morte encefálica. A equipe do serviço social é responsável por averiguar a vontade da família em doar os órgãos, e, caso a resposta seja positiva, o Serviço de Procura de ??rgãos para Transplante (SPOT) da Unicamp é acionado.A equipe de captação de órgãos providencia a realização de exames para verificar a possibilidade de promover o transplante. “Quando existe a notificação de morte encefálica, pode acontecer o transplante ou não. A família precisa autorizar o procedimento e é preciso que os órgãos estejam em boas condições para serem transplantados”, explica Dr. Eduardo.Caso o transplante se concretize, a Central de Notificação, Captação e Distribuição de ??rgãos (CNCDO), de Ribeirão Preto, é responsável pelo encaminhamento da equipe que vai fazer a captação e distribuição dos órgãos no interior do Estado.Doação de órgãosPara ser um doador, não é necessário fazer nenhum documento por escrito. Basta que a família esteja ciente da vontade do paciente. Assim, quando for constatada a morte encefálica, uma ou mais partes do corpo que estiverem em condições de serem aproveitadas poderão ajudar a salvar as vidas de outras pessoas. Alguns órgãos podem ser doados em vida como parte do fígado, um dos rins e parte da medula óssea.