A guerra dos bonés que envolve bolsonaristas e integrantes do governo Lula não empolgou os políticos da região. Esse fenômeno de afastamento das ideias ou memes que vêm de Brasília ou da guerra digital tem sido a tônica desde a derrota de Jair Bolsonaro para Lula da Silva em 2022.
Leia + sobre política regional
Nos últimos meses, foram vários os pedidos por bonés vermelhos inspirados no slogan da campanha de Donald Trump nos Estados Unidos, o Make America Great Again (Faça a América Grande Novo) – uns em apoio, outros com algumas modificações irônicas da frase original.
Nas últimas semanas, o boné também ganhou de vez a arena política no Congresso, em Brasília. Tudo começou com os parlamentares governistas, capitaneados pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com o acessório azul escrito “O Brasil é dos brasileiros”.
O movimento acontece após o governo Lula mudar o ministro da Secretaria de Comunicação, cargo agora ocupado por Sidônio Palmeira, marqueteiro da campanha petista em 2022 e quem escolheu o slogan, segundo Padilha.
Bonés sem força na região
Os nomes que poderiam usar os bonés falando da cidade ou do mandato de vereadores decidiram, por ora, não embarcar na guerra. Em Americana, Marschelo Meche (DC), primeiro caso de político que surfou na onda da extrema direita, sequer se reelegeu vereador. Em Santa Bárbara d’Oeste, Felipe Corá se reelegeu bem, mas também não abraçou a causa.
Dois nomes que poderiam estar avançando no bolsonarismo- os dois prováveis candidatos a deputado estadual Ricardo Molina e Franco Sardelli- também não aderiram ao acessório com mensagem política.
No campo da esquerda, as mulheres que foram bem votadas também não entraram na onda ainda.
Começo de ano, começo de mandato e todo mundo ‘medindo o espaço’.
+ NOTÍCIAS NO GRUPO DO WHATSAPP