Hillary Clinton falou com latinos e com os negros, tradicionais eleitores dos Democratas. E não empolgou de forma geral a eleição norte americana de 2016 e foi batida pelo improvável Donald Trump, candidato que atropelou a estrutura do partido Republicano e se tornou presidente ‘contra a mídia e o establishment.
Ela ao menos não carregava o ódio ao seu partido, mas o desgaste da economia que ia devagar dos tempos de Obama. E o adversário deu o tom da campanha pondo a culpa nos estrangeiros e latinos (que votaram em boa medida nele) e prometendo emprego a grande América de volta.
No Brasil, Fernando Haddad (PT) não conseguiu empolgar o eleitorado. Tentou, na reta final, impor a pauta do Gás a R$ 49, mas a derrota do 1o turno foi grande demais para que pudesse ser revertida- foi reduzida, é verdade.
Mas dificilmente Haddad voltará a ter peso no processo político brasileiro nas próximas eleições. Ele deve seguir o caminho de Dilma e Hillary, pagar pelo preço do sacrifício da eleição e dos erros do PT.