Reduzir gordura indesejada, diminuir a flacidez e remover estrias, são alguns dos objetivos associados a harmonização corporal, termo que ganha cada vez mais destaque nas redes sociais. O termo refere-se a uma série de técnicas estéticas minimamente invasivas aplicadas com o objetivo de promover uma musculatura corporal mais definida. Juliana Paes e a ex-BBB Rafa Kalimann estão entre as famosas que já realizaram o procedimento.

“As áreas mais requisitadas para os procedimentos são abdômen, costas, quadris e flancos”, afirma a médica dermatologista Dra. Bianca Gastaldi. “Quando a técnica é procurada com o fim de reduzir medidas, é essencial que seja associada à prática de exercícios físicos e uma alimentação balanceada para que o objetivo estético desejado seja atingido”, explica Gastaldi.

A Dra. Bianca Gastaldi cita e explica algumas técnicas que englobam o termo harmonização corporal:

• Bodytite (Morpheus): reduz a gordura, trata estrias, celulites, flacidez e também permite ressaltar o contorno dos glúteos. É considerada uma das mais avançadas tecnologias minimamente invasivas de remodelação facial e corporal, oferecendo aos pacientes melhoras estéticas significativas

• Bioestimuladores de colágeno: reduz a flacidez devido ao aumento da estimulação do fibroblasto (célula produtora de colágeno).

• Criolipólise: trabalha na redução da gordura localizada nas coxas, abdômen, tórax, quadril e braços.

• Preenchimento com ácido hialurônico: embora seja indicado para procedimentos faciais, é capaz de preencher celulite dos glúteos.

• Preenchimento com PMMA ou polimetilmetacrilato  (contraindicado): preenchimento definitivo utilizado para obter glúteos mais volumosos.

O ácido hialurônico é o ativo de preenchimento mais seguro e recomendado por especialistas, já que se trata de uma substância produzida no próprio organismo: “o composto é absorvido naturalmente pelo corpo e caso exista qualquer problema, é possível aplicar hialuronidase, que degrada a substância em segundos”, afirma a Dra. Bianca Gastaldi. Mas por se tratar de um composto caro, um preenchimento de glúteos com ácido hialurônico pode ser considerado inviável devido ao alto custo.

Em contrapartida, o PMMA não é bioabsorvível: ou seja, ele permanecerá para sempre no organismo e não pode ser removido: “esse composto promove uma reação inflamatória crônica em torno das microesferas de polimetilmetacrilato”, adverte a Dra. Gastaldi.

Segundo o CFM (Conselho Federal de Medicina), quando usado em grandes quantidades, o PMMA não é seguro, tem resultados imprevisíveis a longo prazo e pode causar reações incuráveis, como inflamações, nódulos e até mesmo necrose.

Mesmo com os fatores que levam à contraindicação, o preenchimento com PMME ainda é realizado e divulgado no Brasil, já que é permitido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Todavia, o preenchimento com PMMA é contra indicado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e também pela SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).

 
 

Bianca Gastaldi, é médica dermatologista, graduada em medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina e membro das Sociedades Brasileira (SBD) e Americana de Dermatologia (AAD). Atua com foco em injetáveis e no gerenciamento do envelhecimento há 15 anos, sendo atualmente professora da pós graduação de cosmiatria e speaker internacional da Sinclair e da Toskani (duas grandes empresas que atuam na área de dermatologia estética com injetáveis).