Bumble, o primeiro aplicativo de relacionamento e rede social para mulheres, lançou hoje sua lista das principais tendências que definirão relacionamentos em 2023. Este ano trouxe o retorno de casais e moda Y2K icônicos, uma obsessão por barbiecore e Brazilcore – mas e nossas vidas amorosas?
As tendências de 2022 do Bumble focaram na redescoberta à medida que saímos da pandemia com novos comportamentos, como hardballing, o aumento de dates sem álcool (“dry dating”) e uma obsessão em tornar os hobbies parte dos encontros (“hobby-dating”)
Olhando para o futuro, parece que este ano nos ensinou algumas lições sobre o que queremos e como melhor articular nossas necessidades e limites. Após o ano de redescoberta de 2022, a pesquisa do Bumble sugere que o próximo ano será mais focado em desafiar o status quo e encontrar mais equilíbrio na maneira como nos relacionamos.
De acordo com o Bumble, 75% dos brasileiros dizem estar mais otimistas sobre o clima de romance que está por vir, uma estimativa maior do que a global de 70%.
Quando se trata de relacionamentos no próximo ano, o Bumble sugere que devemos esperar…
- Casting aberto: a busca restrita por um “tipo” físico chega ao fim, junto com a lista de pré-requisitos físicos como “alto”, “moreno” e “bonito”. O “casting aberto” se refere à mudança de 1 a cada 3 (38%) pessoas na hora de buscar alguém fora de seu “tipo” e à quebra de expectativa de 1 a cada 4 (28%) pessoas ao se relacionarem com parceiros diferentes do que o “esperado” para elas. O que as pessoas estão procurando agora? A maioria (63%) está mais focada na maturidade emocional do que nas exigências físicas.
- Estabelecendo limites e prioridades: com o retorno da cultura de vida de escritório e das agendas sociais ocupadas, a maioria das pessoas tem se sentido sobrecarregada. Isso leva os solteiros a quererem priorizar melhor o seu tempo – metade (52%) deles planejam estabelecer mais limites no ano que vem em comparação a 2022. Esse comportamento é refletido também em 63% das pessoas sendo mais claras sobre suas necessidades e limites emocionais, 59% mais atenciosas e intencionais ao iniciarem algo e 53% pretendendo não se comprometer demais socialmente.
- Equilíbrio entre vida pessoal e profissional: houve uma mudança na maneira como pensamos e valorizamos nosso trabalho e o de nosso parceiro. A época em que nossos cargos e dias de trabalho exaustivos eram vistos como um símbolo de status faz parte do passado, e metade (56%) dos brasileiros busca priorizar um equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Quando se trata do parceiro, 2 em cada 3 (65%) brasileiros se preocupam mais com o equilíbrio entre vida profissional e pessoal do que com o status na carreira – ao nível global, esse número é de apenas 56%. Em 2022, a maioria das pessoas (52%) criaram espaços para pausas e descanso e mais de 13% deixaram de namorar alguém que tem um trabalho muito exigente.
- Wanderlove: os brasileiros querem se apaixonar, mas não muito longe de casa. De acordo com o levantamento do Bumble, somente 12% dos brasileiros estão mais abertos a viagens e relacionamentos com pessoas fora de sua cidade atual, na contramão dos mais de 30% em nível global. Com a flexibilidade do home office pós-pandemia, 10% das pessoas já exploraram a ideia de ser um “nômade digital”, abrindo a mente sobre com quem e onde se relacionar. Porém, somente 7% dos brasileiros acham mais fácil namorar alguém em outro país.
- Masculinidade Moderna: as conversas sobre normas e expectativas de gênero é o centro das atenções. Em 2022, 88% dos homens brasileiros disseram ter reavaliado seu comportamento e que agora têm uma compreensão mais clara do que é a “masculinidade tóxica” e do que não é aceitável, enquanto ao nível global a porcentagem é de 74%. Mais da metade (52%) dos homens no Bumble dizem desafiar ativamente os estereótipos que sugerem que as pessoas do gênero masculino não devem demonstrar emoções, por medo de parecerem fracos. 1 em cada 3 (38%) deles agora fala mais abertamente sobre suas emoções com amigos homens, e metade (49%) concorda que quebrar papéis de gênero nos relacionamentos, sejam amorosos ou não, é benéfico para eles.
- Renascimento do Encontros: assim como a Queen Bey, muitos estão passando por um renascimento, como os 46% dos brasileiros no Bumble que encerraram um casamento ou relacionamento sério nos últimos dois anos, superando a média global de 36% da mesma pesquisa. Essas pessoas estão entrando no novo capítulo de suas vidas, com 26% dos brasileiros usando aplicativos de relacionamento pela primeira vez e aprendendo a navegar em novas linguagens de dating.
- Ética do sexo: a maneira como falamos, pensamos e praticamos sexo está mudando. Mais pessoas estão falando sobre sexo, intimidade e relacionamentos de forma mais aberta (42%). Para os brasileiros, o sexo não é mais um tabu, com mais da metade (70%) das pessoas entrevistadas concordando ser importante discutir desejos e necessidades sexuais desde o início de um relacionamento – numa perspectiva global, esse número cai para 53%. Em 2022, 9% dos brasileiros disseram ter explorado mais sua sexualidade e 22% consideraram um relacionamento não monogâmico. No entanto, isso não significa que todos estão transando mais. Segundo a pesquisa do Bumble, 27% dos brasileiros não estão praticando sexo no momento e estão bem com isso, uma porcentagem um pouco menor do que a do resto do mundo, que gira em torno dos 34%.
- Dates mais baratos: o aumento do custo de vida levou a conversas mais honestas e abertas sobre dinheiro e relacionamentos, com 1 em 4 (28%) das pessoas estabelecendo novos limites financeiros para suas vidas amorosas. Isso não significa que sairemos menos, mas sim que estamos mudando como nos relacionamos – 64% dos brasileiros estão mais interessados em encontros mais informais do que em algo sofisticado. Inclusive, 1 em cada 3 (32%) pessoas ficam menos impressionadas com os primeiros encontros exagerados.
Samantha García, diretora do Bumble na América Latina, afirmou: “2022 foi um ano cheio com o retorno das viagens, o aumento drástico dos compromissos sociais e uma série de eventos globais turbulentos. No entanto, para algumas pessoas, essa mudança pós-pandêmica as deixou descontroladas e exaustas. Em resposta a isso, vimos que as pessoas no Bumble agora priorizam identificar e definir seus limites de forma mais clara. Esses limites podem ser emocionais, como serem mais francos sobre o que querem ou reconhecerem sinais vermelhos e verdes; físicos, como garantir que eles não se comprometam demais; ou financeiros, incentivando conversas honestas sobre assuntos que são tabus.
Tudo isso está mudando a maneira como as pessoas pensam sobre o que procuram e como equilibram melhor os relacionamentos, o trabalho e a vida. À medida que entramos no novo ano, somos encorajados de várias maneiras pelas pessoas solteiras que estão desafiando o status quo e assumindo o controle ao definir o que significa um relacionamento saudável para elas.”