Muitos estão pensando agora o porquê do título. Outros já o aceitam facilmente. Realmente a imprensa tornou-se um grande negócio.
E para explicar isso a melhor comparação que eu posso fazer é com o médico. O jornalista e o médico estão ali, andando juntos, em termos de necessidade e de expectativa. Você conseguiria ensinar um médico a operar? E ao jornalista? Você seria capaz de ensiná-lo a perguntar e a retratar a realidade? Assim como o médico foi se adaptando aos nossos tempos, ao ponto de criar hoje verdadeiros monopólios no campo da saúde, transformando-se numa das profissões mais rentáveis, o jornalista também foi se adaptando.
A IMPRENSA virou um grande negócio. Só que sua matéria prima é a vida, o cotidiano da população. Um jornal, rádio ou TV devem visar lucros, é certo, mas não devem se esquecer da fidelidade, do compromisso com a informação, foi são formadores de opinião pública e por isso tem uma grande obrigação. A mudança atingiu até o profissional. Hoje o jornalista se preocupa com a jornada de trabalho, coisa que sabemos que antigamente não existia. O jornalista de hoje está mais alienado, valendo-se dos recursos da tecnologia para mascarar a sua incompetência. ?? verdade que o jornalista de hoje deve estar próximo da informática, até para sofrer menos no exercício prático da copilação de notícia, mas não usar estes meios para omitir a realidade. Existem várias maneiras de se passar a informação. O profissional deve saber escolher a maneira correta, usando sempre a verdade. Se ele vai cobrir uma greve e dá o mesmo tratamento aos grevistas e ao dono da empresa, não há porque ter problemas. O que acontece é que o jornalista acaba pendendo para um lado e isso nunca foi e nunca será bom. Hoje temos muita meia notícia por aí, principalmente porque o profissional está alienado ou acomodado.
Mário Dias Miranda Funcionário Público Municipal