Inaladores/nebulizadores estão disponíveis desde o início do século XX. A nebulização de uma solução de droga é um método comum de geração de aerossol medicinal.

Para administrar um fármaco por nebulização, ele deve primeiro ser disperso em um meio líquido (geralmente aquoso). Após a aplicação de uma força de dispersão (um jato de gás ou ondas ultrassônicas), as partículas da droga estarão contidas nas gotículas de aerossol, que são então inaladas.

Os inaladores/nebulizadores servem para tratamento de diversas doenças respiratórias.
VERDADE

Os inaladores/nebulizadores compressores podem ser utilizados para distribuir uma vasta gama de medicamentos, tanto na formulação em solução como em suspensão (isto é, pode ser utilizada uma única unidade nebulizadora para administrar múltiplas medicações ao mesmo tempo). Por outro lado, inaladores/nebulizadores de dose medida (pó pressurizado e seco), conhecidos pelo público como ???bombinhas???, são específicos para uma combinação droga-dispositivo, envolvem alto custo e precisam de ótima coordenação por parte do paciente. As medicações que podem ser usadas neles variam desde broncodilatadores comuns e corticosteroides inalatórios para pacientes com asma e doença pulmonar obstrutiva até antibióticos para pacientes com algumas infecções respiratórias.

Os inaladores/nebulizadores podem ser usados por qualquer perfil de paciente e em qualquer situação de enfermidade (crise ou para controle a longo prazo).
VERDADE

Os inaladores/nebulizadores são muito simples e eficazes para administrarem medicação e não precisam de uma coordenação entre inspiração e expiração, ou seja, o paciente não precisa fazer qualquer esforço e podem ser usados em qualquer idade. Eles são a melhor opção para pacientes que têm qualquer dificuldade (seja física ou mental) e para os que obrigatoriamente dependem de auxílio para usar os demais veículos como as ???bombinhas???. Os inaladores/nebulizadores têm grande importância no tratamento de crises respiratórias, nas quais o paciente requer alívio rápido, e no tratamento contínuo de enfermidades como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica, como opção que promove conforto e conveniência. Durante a nebulização, a respiração deve ser feita pela boca, pois aumenta substancialmente a quantidade de medicação absorvida.

Todos os inaladores/nebulizadores têm performance e características, em geral, parecidas.  
MITO

Há diferenças significativas em diversas características. A portabilidade é um ganho que os equipamentos mais modernos trazem e há modelos que cabem na palma da mão, facilitando bastante a mobilidade para situações de viagem, por exemplo. A intensidade de ruído também varia muito com os equipamentos e há diversos deles muito barulhentos, o que prejudica demasiadamente o paciente e seus familiares, em um cenário comum no qual o paciente deva fazer inalação em uma média que pode chegar a quatro vezes ao dia. Entretanto, o item mais importante e principal variável de eficácia é a qualidade na geração de partículas de aerossol que precisam penetrar adequadamente no pulmão. As partículas grandes, de 5 a 15 µm, ficam retidas no nariz e na boca e apenas as de 1 a 4 µm passam para o fundo do pulmão.

(FIGURA 1) Como exemplo de investimento na qualidade da névoa, podemos citar a inovadora e exclusiva tecnologia de atomização direta presente em modelos de nebulizador mais modernos. Nesse processo de atomização direta, o medicamento é bombeado para cima pelo canal de medicamento, sendo misturado ao ar comprimido gerado por uma bomba de compressão. O medicamento se transforma em partículas finas e, ao entrar em contato com o ar comprimido, é pulverizado. Esse mecanismo evita sobremaneira o desperdício de medicamentos e produz partículas em tamanho adequado. Para demonstração científica, foram testados três dos principais medicamentos usados em terapia de asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (salbutamol, budesonida e cromoglicato dissódico) e comprovada a formação de partículas finas em elevada proporção. O resultado final desse processo é uma névoa de alta qualidade e concentração do medicamento com alto padrão de resultados.

Quanto maior a quantidade da névoa, mais eficaz é o inalador/nebulizador.
MITO

O fluxo de jato tem relação direta com o tamanho das partículas que chegam ao pulmão (quanto menor, melhor). Quanto maiores a pressão e o fluxo de ar (principalmente no caso do aparelho de ar comprimido), menor será o tamanho das partículas geradas. Como vimos, a melhor absorção no pulmão ocorre com partículas menores com média de 3 µm. Portanto, o que mais importa é a qualidade da névoa gerada com maior concentração das partículas do medicamento de tamanho adequado para maior absorção pulmonar. Névoa em grande quantidade e sem medicamento, além de não funcionar, pode até ser prejudicial aos pacientes, uma vez que pode contribuir com o ressecamento das vias aéreas, o que é péssimo para pacientes que têm rinites e sinusites que se associam frequentemente à asma e a outras doenças alérgicas.

Conclusão: na seleção de um inalador/nebilizador como companheiro para tratamento das doenças respiratórias, escolha-o sempre guiado pela eficácia em transformar o medicamento em aerossol medicinal em primeiro lugar e considere os itens de conforto, como portabilidade e diminuição de ruídos, que contribuem para uma saudável parceria a longo prazo.