Foi executado neste sábado o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, que havia sido condenado, em 2004, à pena de morte na Indonésia por tráfico de drogas. Cardoso tentara entrar no país com 13,4 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa-delta. A execução ocorreu às 0h30 já do domingo no país Asiático (15h30 de sábado em Brasília).
Essa é a primeira vez que um brasileiro é executado por condenação no exterior. Juntamente com Cardoso, outras cinco pessoas (sendo quatro estrangeiros, da Nigéria, Maláui, Holanda e Vietnã) foram mortas, todas por fuzilamento, que é a maneira como as execuções são feitas no país desde 1964.
A execução ocorreu um dia depois de a presidenta Dilma Rousseff entrar em contato com o presidente da Indonésia Joko Widodo para pedir a suspensão do fuzilamento. Widodo afirmou que compreendia a preocupação de Dilma, mas que a decisão já estava tomada. Outro brasileiro aguarda pela condenação no país, o paranaense Rodrigo Muxfeldt Goulart, também por tráfico de drogas.
Cardoso era solteiro e não tinha filhos. Maria de Lourdes Archer Pinto, de 61 anos, tia de Cardoso, era sua parente mais próxima já que os pais dele já faleceram. Ela foi visitar o sobrinho às pressas antes do cumprimento da condenação. “Quero que ele tenha certeza de que eu fiz tudo aquilo que pude e lutei para que não houvesse esse desfecho tão trágico”, disse ela ao jornal Folha de S. Paulo.