O banco central do Japão cortou inesperadamente a taxa de juros para território negativo nesta sexta-feira, surpreendendo os investidores com outra medida audaciosa para reanimar a economia num cenário em que os mercados voláteis e a desaceleração do crescimento global ameaçam seus esforços para superar a deflação.
As ações asiáticas saltaram, o iene caiu e os títulos soberanos avançaram depois que o Banco do Japão disse que vai cobrar por uma porção das reservas que os bancos deixarem na instituição, uma política agressiva que teve como pioneiro o Banco Central Europeu (BCE).
“O importante é mostrar às pessoas que o banco central está comprometido em alcançar inflação de 2 por cento e que vai fazer o que for preciso para alcançar isso”, disse o presidente do BC, Haruhiko Kuroda, em entrevista à imprensa após a decisão.