A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou na noite deste domingo os vencedores do 88º Oscar, em cerimônia que aconteceu em Los Angeles, nos Estados Unidos. Apesar de “Mad Max: Estrada da Fúria” sair com o maior número de estatuetas (seis), os destaques da premiação foram “O Regresso”, que levou nas categorias Melhor Diretor (Alejandro G. Iñárritu) e Melhor Ator (Leonardo DiCaprio), e “Spotlight: Segredos Revelados”, que saiu como Melhor Filme.
A saga “Mad Max” levou as categorias mixagem de som, edição de som, montagem, cabelo e maquiagem, design de produção e figurino e sai como maior vencedor do Oscar em números de estatuetas. No entanto, as premiações mais importantes ficaram com “O Regresso” e “Spotlight”. Vencedor do Globo de Ouro de melhor filme de drama e do Bafta de melhor filme, “O Regresso” venceu em fotografia, diretor e ator. Alejandro G. Iñárritu levou a melhor como diretor pelo segundo ano seguido, após faturar o prêmio no ano passado com “”Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)”. Além disso, mostra o domínio mexicano na categoria nas últimas três edições.
Na disputa de melhor ator, Leonardo DiCaprio faturou seu primeiro Oscar em sua sexta indicação e proporcionou o momento mais emocionante da noite, ao ser aplaudido de pé pelos presentes. Ele levou a melhor sobre Bryan Cranston (“Trumbo: Lista Negra”), Matt Damon (“Perdido em Marte”), Eddie Redmayne (“A Garota Dinamarquesa”) e Michael Fassbender (“Steve Jobs”). Antes, DiCaprio foi indicado pelas atuações em “Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador” (1993), “O Aviador” (2004), “Diamante de Sangue” (2006) e “O Lobo de Wall Street” (2013) – a outra foi como produtor de “O Lobo de Wall Street”.
Já “Spotlight” faturou as categorias roteiro original e o principal prêmio da noite, de melhor filme. Para isso, superou “O Regresso”, “A Grande Aposta”, “Perdido em Marte”, “Mad Max: Estrada da Fúria”, “O Quarto de Jack”, “Ponte dos Espiões” e “Brooklyn”. Na disputa de melhor animação, novamente não deu para o Brasil. “O Menino e o Mundo”, de Alê Abreu, perdeu a disputa para o favorito “Divertida Mente”. Neste ano, a premiação voltou a ser comandada pelo comediante Chris Rock e foi marcada pelo boicote de atores negros, fato que gerou a maioria das piadas do mestre de cerimônias.