Seu sobrenome é tão simples quanto o seu agir. Seu sobrenome é singelo, com aparência de uma fraqueza dos retirantes que sonham e buscam uma vida melhor. Silva. Simplesmente Silva. Talvez, não tenho certeza, mas esse seja o nome mais comum do país e um dos mais importantes. Isso porque a simplicidade talvez seja uma das coisas mais lindas e, ao mesmo tempo, importantes dos seres humanos: a simplicidade.

E sua simplicidade fez com que esse ser falasse diretamente a linguagem dos homens, mulheres, jovens, velhos, quase uma unanimidade. A esperança desabrochou, nossos corações se encheram de vontade da vida e com orgulho de sentir brasileiro. O seu jeito, sua simplicidade fez com que a política se tornasse uma novidade, se tornasse a esperança de milhões e milhões de sobreviventes dos governos autoritários. E valeu a pena esperar. Valeu a pena esperar 500 anos para ver os Silvas, creio que posso dizer o povo governar. E como foi feliz o seu governo e confesso, sem medo ou culpa, foi triste vê-lo deixar a presidência, porque parecia que eu também a estava deixando.
E muitos o querem ver de volta. Estou entre eles. Mas sei que existe uma mulher que está continuando a nossa luta. Sei que existe uma pessoa preparada, capacitada, com ética, com compromisso, com história, com lado definido, que vem enfrentando uma mídia conservadora, vingativa e negativa e vem fazendo do resultado do seu governo sua forma de continuar governando. E como deve ser difícil governar depois de Lula… E hoje Dilma é Silva, é esperança, é povo, é simplesmente Lula.
E, só para finalizar, existem muitos Silvas por aí, que muito ajudaram nosso país e merecem nosso respeito, mas Luís Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, que salvou o Brasil da falência, que tirou o país do caos que estava, que criou programas sociais que tiraram milhões da pobreza, que foi e é um estadista que o mundo admira: só existe um. E ele apoia, vota e defende Dilma Presidenta para continuar sua luta, a luta do povo, a luta de todos nós.
Se Lula tivesse escolhido Marina, talvez ela estivesse do lado dos trabalhadores, mas como não foi a escolhida, está ao lado de Neca Setubal, do Itaú, do dono da Natura, de Eduardo Gianetti que defende o mercado e não o povo. E justo ela, que um dia disse combater os grandes para que pessoas de origem humilde como ela tivessem mais direitos. Triste quando alguém vende seus sonhos.
A idade chega para todos, o tempo, os minutos, não podemos parar, não controlamos isso, mas nossos sonhos, nossa alma só envelhece se quisermos. Isso alguém já disse. E, Marina, parece velha como as ideias e a política que pratica.