Marco Legal dos Games vem aí
Pronto para ser votado no plenário do Senado após aprovação na Câmara dos Deputados e Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o Marco Legal dos Games (PL 2796/2021) propõe atenção para além da geração de riquezas e impactos positivos no PIB (por conta de um mercado que, globalmente movimenta US$ 200 milhões e no Brasil representa apenas US$ 12 milhões), e destaca os avanços sociais importantes, sobretudo na geração de empregos para os mais jovens.
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O texto incentiva a formação de mão de obra qualificada no Brasil, por meio da criação de cursos técnicos, oficinas de programação para os jovens e estímulo à pesquisa e abre um caminho de novas possibilidades para um cenário adverso, em que 23% dos jovens, na faixa dos 15 a 29 anos, nem estudam nem trabalham – percentual que representa 11,5 milhões de jovens, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social). Aspecto fundamental para o apoio de inúmeras iniciativas do setor, como a Associação Brasileira de Fantasy Sports, como explica o presidente da entidade, Rafael Marchetti Marcondes
“Este é um dos pontos mais importantes da proposta já que a nossa expectativa é que, em menos de 5 anos, cerca de 6 mil empregos sejam criados especialmente ao público mais jovem no setor de jogos de fantasia, com a aprovação do Marco Legal dos Games”, observou.
O presidente explica que a proposta também tem como base fundamental assegurar que os jogos eletrônicos são ferramentas com finalidades terapêuticas, educacionais e de treinamento, a exemplo da condução de veículos, dentre outras finalidades. Diretriz que, para Rafael, reforça o papel sociocultural dos jogos e o compromisso universal de bem-estar e convívio social.
Projeto quer acabar acesso de redes a crianças
O projeto propõe também incentivos para as empresas que investirem em tecnologia e inovação no país, o que para a Associação significa mais vagas abertas e geração de renda.
“A união de um projeto estruturado, que regulariza e dá segurança jurídica a um mercado pujante, somado ao ensino profissionalizante e aos investimentos em P&D, também podem alterar o futuro de uma legião de 40 milhões de brasileiros que trabalham hoje na informalidade”, afirmou.
Para Rafael, refutar a proposta do Marco Legal dos Games significa estar descomprometido com o avanço do desenvolvimento social e econômico da juventude. “O compromisso, aqui, é investir no potencial dessa parcela da população e na sua capacitação, além de fomentar o crescimento da indústria de tecnologia brasileira. Quem em sã consciência vai se opor a isso? Categoricamente, ninguém”, concluiu.
Abragames e 17 associações regionais do setor de games promovem encontro
A Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Games) acaba de anunciar a realização do “12° Encontro do Grupo de Trabalho: Políticas Públicas para o Fortalecimento da Indústria Brasileira de Games”, marcado para 28 de junho, no primeiro dia do BIG Festival – festival de games, criação, networking e negócios que será realizado em São Paulo até 2 de julho. O evento tem como propósito debater melhorias e o futuro da indústria nacional de desenvolvimento de games e, além da Abragames e das 17 associações regionais, responsáveis pela promoção do encontro, o Grupo de Trabalho contará com a participação de importantes entidades do setor, como : ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos), BNDES (Banco Nacional De Desenvolvimento Econômico e Social), Ministério da Cultura, SPCine, Sebrae, Ministério de Relações Exteriores, Google, entre outros.
“O encontro marca a volta da relação entre sociedade civil e o governo no setor de games. Como interlocutores dessa indústria, estamos felizes em conversar novamente com as entidades para colocar em prática novos planos de negócios e desenvolver melhorias, seja na forma de políticas públicas ou por meio da economia criativa” disse Rodrigo Terra, presidente da Abragames. Ele acrescenta ainda que o encontro terá a missão de colocar os games em uma próxima fase de investimento público e privado. “Precisamos atualizar as conversas sobre como o Estado pode trabalhar para o desenvolvimento da indústria nacional.”
“O evento nos permitirá atualizar quem estiver presente das muitas mudanças que tivemos nos últimos anos. A interlocução contínua é muito importante para que possamos caminhar e isso só será possível se tivermos um ecossistema que ligue as políticas públicas e privadas funcionando ao mesmo tempo” comenta Carol Caravana, vice-presidente da Abragames. “Apresentaremos diversas sugestões e propostas, especialmente sobre como é possível ajudar no desenvolvimento do setor. Nossa expectativa é que encontros como esse aconteçam cada vez mais e que isso ajude o Brasil a se tornar um importante polo do setor de games.”
Além de promover o “12° Encontro do Grupo de Trabalho: Políticas Públicas para o Fortalecimento da Indústria Brasileira de Games”, a Abragames estará no BIG com um estande na área B2C pela primeira vez, onde o público conhecerá seis lançamentos de estúdios brasileiros associados. A Associação também é a responsável pela curadoria de mais de 40 horas de conteúdo ao vivo no BIG Festival e por levar 37 convidados internacionais ao evento.
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