Cartão corporativo bancava gastos com motociatas de Bolsonaro e equipe do governo, afirmou Mauro Cid em delação. Ex-ajudante de ordens também detalhou pagamento de contas de Michelle e compra de motos.
Michelle quase ‘pirou’
“Quando ela viu a mudança dela saindo, ela quase pirou. Ela falava que a gente (militares) tinha que fazer alguma coisa”. Mauro Cid afirmando que Michelle Bolsonaro pedia golpe porque perdeu as mamatas.
Leia Mais Notícias do Brasil
Celebridades lutam contra a depressão mesmo com fortuna
Psicanalista afirma que a fama cria uma armadilha psicológica perigosa; colapso emocional de Whinderson Nunes alerta para cuidados com a saúde mental
A recente decisão de Whindersson Nunes de se internar voluntariamente em uma clínica psiquiátrica reacende uma questão delicada e, muitas vezes, incompreendida: por que celebridades que possuem sucesso, dinheiro e milhões de fãs enfrentam crises severas de saúde mental?
A verdade é que a depressão não escolhe status, seguidores ou conta bancária, e, em muitos casos, a exposição excessiva e a pressão da fama se tornam gatilhos silenciosos para transtornos como ansiedade, burnout e depressão profunda.
O caso de Whindersson Nunes escancara um fenômeno psicológico que atinge muitas celebridades, que é a dissociação da própria identidade.
“Quando alguém se torna uma figura pública, acaba criando uma nova personalidade para as redes sociais. O problema é que, com o tempo, a necessidade de sustentar esse personagem pode levar a um completo distanciamento de quem a pessoa realmente é. Isso gera um vazio existencial profundo, que muitos confundem com depressão ou ansiedade, mas que, na verdade, é um deslocamento da própria identidade”, explica a psicanalista Ana Lisboa.
A pressão para estar sempre disponível, manter um padrão de felicidade e lidar com a expectativa do público cria uma sobrecarga emocional implacável.
“As pessoas acreditam que influenciadores e artistas não trabalham, mas, na realidade, eles vivem uma carga horária de 24 horas por dia. Não há desligamento, não há descanso da própria imagem. É uma exposição contínua, um turbilhão de cobranças, críticas e, em muitos casos, ameaças de morte, como a própria Luísa Sonza revelou que Whindersson enfrentava. Isso coloca toda a família dentro de uma narrativa de pressão insustentável”, complementa Ana Lisboa.
A especialista destaca que esse tipo de sofrimento não afeta apenas os famosos. Pessoas que se dedicam integralmente a um cargo ou função também podem viver esse tipo de dissociação.
“Isso acontece até mesmo com profissionais que se vinculam mais ao seu papel do que à sua essência. Quando alguém se torna refém de uma identidade que precisa ser mantida a qualquer custo, o corpo responde. Ele pode adoecer fisicamente para tentar trazer a pessoa de volta à sua verdadeira identidade”, explica.
Foi exatamente o que aconteceu com a cantora Anitta, que no auge de sua carreira precisou resgatar sua essência como Larissa. O mesmo padrão se repetiu com Justin Bieber, Britney Spears e tantas outras celebridades.
A fama, ao invés de ser sinônimo de liberdade, se torna uma prisão invisível, onde a necessidade de corresponder às expectativas externas anula a própria existência.
Para Ana Lisboa, a internação de Whindersson foi uma escolha acertada. “Esse é um movimento de retorno para si mesmo. De se reconectar com sua história, seu corpo, sua essência. A fama exige um nível de entrega que, muitas vezes, gera um senso de morte interna. O corpo reage para evitar que essa desconexão se torne definitiva. O tratamento psiquiátrico, nesse caso, não é apenas uma solução para um transtorno, mas um caminho para a reconstrução de uma identidade real e saudável”, conclui.
Mas a pergunta que fica é até quando vamos, como sociedade, parar de romantizar a fama e entender que, por trás de milhões de curtidas, pode existir uma dor imensurável?”, finaliza Lisboa.
+ NOTÍCIAS NO GRUPO NM DO WHATSAPP