O candidato à presidência da República pelo MDB, Henrique Meirelles, afirmou que pretende manter a atual política de preços da Petrobrás. O presidenciável destacou que a proposta de governo é criar um fundo de estabilização do preço do combustível na bomba.
Acesse esta matéria na versão para emissoras de rádioMeirelles pretende manter política de preços da PetrobrásEm sabatina realizada pela Folha de S. Paulo, em parceria com o portal UOL e o SBT, nesta quinta-feira (13), Meirelles disse que o principal objetivo é manter o preço do combustível, fazendo com que o consumidor não sinta tanto o impacto dos reajustes.
???Os países da OPEP aumentam a produção, que são aqueles do Oriente Médio, o petróleo cai. Neste momento, nós podemos ter um aumento dos tributos sobre o petróleo compondo um fundo de estabilização. No momento em que o preço do petróleo sobe, aí usa-se esse fundo para recompor a parte fiscal, porque aí caem os tributos, de maneira que estabilize o preço na bomba. Isso é possível, tenho estudos técnicos sobre isso???, garantiu.
Meirelles voltou a defender o uso da tecnologia na segurança pública. O candidato do MDB reiterou a proposta de integração das polícias, mapeamento dos homicídios no Brasil, e criticou o fechamento de Delegacias da Mulher durante os fins de semana. O ex-ministro apontou que pretende implantar o botão do pânico para diminuir os casos de feminicídio no país.
Em outro tema abordado por jornalistas durante a sabatina, Meirelles afirmou que pretende aumentar a competitividade para reduzir juros nos bancos. O ex-presidente do Banco Central nos governos de Lula defendeu o investimento em cooperativas de crédito e a expansão de agências eletrônicas, as chamadas Fintechs.
Meirelles ainda criticou os candidatos ao Planalto que prometem zerar o déficit brasileiro em dois anos, e, voltou a destacar a importância do teto de gastos para a aprovação das reformas fundamentais. Segundo ele, seria inviável discutir a reforma previdenciária, por exemplo, se o teto não tivesse sido aprovado.
O candidato do MDB também comentou a proposta de Jair Bolsonaro de revogar o Estatuto do Desarmamento e a classificou como ???absurda???, usando o próprio caso do ataque sofrido por Bolsonaro como exemplo. Segundo Meirelles, a situação seria muito mais grave caso o agressor portasse uma arma.