O pré-candidato a deputado estadual, Ricardo Molina (Republicanos), que já teve seu nome aprovado em convenção do partido, quer rediscutir a progressão continuada nas escolas públicas do estado de São Paulo. Este modelo de ensino é organizado em ciclos e garante aos alunos aprovação automática mediante progressão em seus estudos e recuperação para aqueles que apresentam defasagem de aprendizagem. O posicionamento de Molina foi reproduzido em vídeo em suas redes sociais.
Molina afirmou que o sistema prejudica o aprendizado e o futuro das crianças: “Não podemos colocar nossos jovens no mercado de trabalho sem que eles saibam o básico da educação. A progressão continuada prejudica os alunos, uma vez que eles avançam para uma série que possui conteúdos mais complexos sem saber o básico da anterior. Caso o aluno não aprenda, tem que ter reprovação sim”.
Molina acredita que a queda da qualidade no ensino e o aumento do analfabetismo funcional são reflexos da progressão continuada. O sistema também é criticado por professores que acreditam que a reprovação é uma forma de exigir empenho e dedicação dos estudantes.
“O argumento de quem defende este sistema é combater a evasão escolar e evitar as múltiplas repetências, mas não adianta termos escolas cheias se os alunos não estão aprendendo como deveriam. Para mudar esta realidade, em São Paulo, é preciso trabalho e esforço dos deputados no sentido de se mobilizarem e proporem a alteração deste modelo de ensino. A aprovação automática tem que acabar”, enfatizou Molina.