Nesta segunda-feira (02), foi instaurado um procedimento para investigar as afirmações proferidas, em 1º de março, no Facebook, pela gaúcha, Isabela Cardoso, de 24 anos, contra o Maranhão, os maranhenses e sua cultura.
No domingo(01), Isabela, que se identifica sendo de Gramado, publicou em seu perfil no Facebook a seguinte afirmação “Finalmente em casa, depois de 1 ano e 7 meses na Suzano de Imperatriz eu e meu esposo retornamos a nossa cidade. Estado pobre, kkkkkkkkkk. A cultura maranhense é horrível. O carnaval é um lixo. Tal de bumba meu boi, tambor de crioula. A maioria das mulheres são periguetes e os homens malandros. Mais da metade das pessoas são semi-analfabetas, #AmoMinhaCidade #Gramado RS”. A mensagem rapidamente repercutiu em diversos portais e blogs.
A assessoria da empresa Suzano Papel e Celulose informou que Isabela nunca fez parte do quadro de colabores da empresa, mas que, independentemente disso, a empresa repudia tal comportamento. A Suzano se colocou a disposição para qualquer investigação necessária.
Segundo o promotor Joaquim Ribeiro Júnior, ???a Constituição Federal repudia discriminação de qualquer natureza???. ???O que torna o povo brasileiro especial é justamente sua diversidade. O Ministério Público do Maranhão adotará posições firmes com o objetivo de coibir práticas dessa natureza???, afirmou o promotor.
De acordo com os representantes do MPMA, o art. 20 da Lei 7.716/89, de 5 de janeiro de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, estabelece como crime “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, religião ou procedência”.
O MP também solicitou à Justiça a notificação do responsável pelo setor de Recursos Humanos da empresa Suzano em Imperatriz para prestar esclarecimentos.