Uma mulher que teria pedido abrigo ao vizinho morreu durante a madrugada deste domingo em Americana. O caso foi comunicado pelo homem a Gama. José Elizeu Barbosa, 63, contou a Guardas Municipais da equipe Alfa que deu abrigo a mulher, conhecida apenas como Leia, depois que o grupo com quem ela morava- ciganos- foi embora e a deixou para trás.
Chegando na rua Orlando Dei Santi, bairro Nossa Senhora de Fátima, os GMs depararam com o corpo no chão do quarto. A mulher estava coberta com uma manta. Barbosa disse aos agentes que, ao lado de sua moradia, em uma área desocupada, pessoas de cultura cigana acamparam e na noite anterior (28). Logo houve uma briga familiar, inclusive com barulhos de disparos de arma de fogo. A polícia teria ido ao local para atendimento de ocorrência.
Ele disse que Leia teria ido ao Hospital Municipal para atendimento médico, e ao retornar seus familiares a teriam abandonado e assim ela solicitou a possibilidade de passar a noite na casa dele. Barbosa relatou que sua colega deitou em um dos cômodos do barraco e ele foi dormir no carro para não correr o risco de sua namorada e suspeitar da atitude dele.
Quando acordou e foi preparar um café, ele foi tentar acordar a sua colega, mas constatou que ela não se mexia, fazendo com que ele requisitasse a presença de equipes da Guarda Municipal. Os agentes chegaram no local e verificaram que a vítima do sexo feminino, aparentemente entre 45 e 55 anos, encontrava-se deitada em decúbito dorsal, os braços paralelos ao corpo, punhos cerrados sem sinais aparentes no pescoço que sugerissem esganadura ou outro meio de asfixia, sem sinais de ter havido luta. Vestia saia e uma blusinha e um casaco.
Em seu braço direito próxima região do antebraço foi verificado um curativo, que sugeria que a vítima teria se submetido a atendimento médico a pouco tempo, o que talvez estivesse ligado aos ferimentos na face, hematoma no olho, sobrancelha esquerda e ferimento no lábio inferior. Também encontrava-se de máscara de proteção presa as orelhas e sobre o queixo.
A vítima não trazia consigo nenhum pertence e nem documentos pessoais.
Diante aos fatos, fora comunicado a Autoridade plantonista, onde compareceram no local e após o trabalho da perícia do Instituto de Criminalística (Perito Leonardo) e fotógrafo Fernando, os quais procederam os exames de praxe conforme protocolo Laudo n*210381/2021, o cadáver fora removido pela Funerária ao IML, a fim de ser submetido a exame necroscópico e possível coleta de material datiloscópicos para buscar identificar a vítima.