Amina Tyler, 19, nasceu e vive na Tunísia foi condenada à morte por lapidação depois de ter publicado numa página do Facebook uma fotografia em que aparece em topless e onde se lê, em árabe, a frase: «O meu corpo pertence-me e não representa a honra de ninguém». A ousadia e a respectiva condenação acenderam, mais uma vez, a polêmica em torno dos direitos das mulheres na religião islâmica.
Ela está em casa e em segurança, informou sua advogada ontem.
Amina é militante pelos direitos das mulheres e faz parte do grupo de ativistas Femen. Colocou a imagem online na página do grupo ativista na segunda-feira e na quarta-feira foi condenada. A página de seguidoras no Facebook foi também atacada por um hacker.
O pirata informático, que se identifica como Al Angu, substituiu a imagem de Amina, e de uma outra seguidora, por versículos do Corão. O hacker foi mais longe no protesto pela imagem divulgada e alterou a fotografia do perfil por uma outra em que surge um homem de peito nu a abrir a camisa com a frase «Maomé, o enviado de Alá».
O líder religioso Adel Almi sugeriu que a jovem fosse açoitada e apedrejada. A condenação, que provocou reações contra e a favor e levantou uma onda de polémica, foi emitida através de uma «Fatwa», uma decisão legal islâmica, proferida por eruditos religiosos. Após as declarações, outra jovem tunisina publicou na Internet uma foto em topless, em solidariedade com Amina.