Aos 27 anos do Plano Real, lançado para combater a hiperinflação do país que se arrastava desde 1980, vivemos um presente um pouco distante do que se tornou a economia brasileira com o projeto econômico da nova moeda lançada em 1994.
Considerado de grande sucesso, o Real conseguiu estabilizar a economia e valorizar a moeda brasileira no mercado internacional, trilhando um caminho seguro para a história econômica do país até recentemente.
Infelizmente, os brasileiros estão vendo o dragão da inflação bater à porta novamente. Aumento de preços da cesta básica, combustível e energia vem assustando às famílias.
Inflação pós-pandemia, inflação de escassez, ou apenas descontrole por parte do governo? Embora o governo negue descontrole e muitos economistas se baseiem na inflação de escassez como plano de fundo para o difícil período, quando o aumento de circulação do dinheiro ocorre pelo excesso de demanda, que impulsiona os preços, os mesmos especialistas apontam que mesmo a normalização da oferta e demanda, mais adiante, não fará com que os preços voltem ao período pré-pandemia.
“O Brasil vai surpreender o mundo”, essa afirmação é uma das preferidas do ministro Paulo Guedes, mas a surpresa está acontecendo dentro dos lares brasileiros, que estão se reinventando de uma maneira desafiadora para sua sobrevivência.
Dados IBGE mostram que, na média nacional, o IPCA-15 foi de 9,30% em 12 meses até agosto, maior taxa desde maio de 2016 (9,62%). Números que estão bem distante da meta de 3,75% estimada pelo Banco Central.
Preocupando ainda mais, o anúncio de novo aumento na tarifa de energia, que em média ficará 6,78% mais cara. Vale ressaltar que o aumento da conta de energia é o principal vilão para a alta inflacionária, ou seja, o que já está ruim, pode piorar ainda mais.
“A inflação é tão violenta quanto um assaltante, tão assustadora quanto um ladrão armado e tão mortal quanto um assassino de aluguel”. A nova geração de brasileiros não havia sentido na pele até então, o que a frase do presidente americano Ronald Reagan representa.
Vanderlei Macris, deputado federal