Netshoes busca IPO na bolsa de Nova YorkAbertura de capinal na bolsa de valores
A companhia brasileira Netshoes, dona dos sites de comércio eletrônico Netshoes e Zattini, entrou com pedido de abertura de capital na bolsa de valores de Nova York. Os documentos foram divulgados nesta quinta-feira pela Securities and Exchange Comission (SEC), autoridade reguladora do mercado de capitais nos Estados Unidos.
Caso o pedido seja aprovado, a empresa planeja negociar ações na bolsa com a sigla NETS. Ainda não há data para a oferta inicial de ações (IPO) do Netshoes acontecer.
Procurada pelo Estado, a empresa não pode comentar o assunto ??? após o pedido de IPO, a companhia deve ficar em período de silêncio até a aprovação pela SEC. Ainda não é possível estimar o valor de mercado da Netshoes nem quanto a companhia deseja captar em sua abertura de capital. Esses valores são, em geral, definidos ao longo do processo de IPO.
No documento enviado à SEC, a Netshoes disse que fez 10,3 milhões de vendas em 2016 ??? crescimento de 20,8% na comparação com 2015. No ano passado, a empresa teve receita líquida de R$ 1,74 bilhão, incremento de 15% em relação ao ano anterior. Já o prejuízo acumulado foi de R$ 151,9 milhões no ano passado, contra R$ 99,5 milhões em 2015. No total, os sites da Netshoes têm 5,6 milhões de usuários ativos, divididos em suas operações no Brasil, na Argentina e no México.
Hoje, 27,8% das ações da empresa são dos fundadores. O restante é dividido entre fundos de investimento: 37,38% são da Tiger Global, 10,6% pertencem à Archy, 8,8% são da Clemenceau Investments e 8,4%, do Riverwood Capital Partners.
Meta. A intenção de abrir capital não é nova: discussões na empresa ocorrem desde 2013. A companhia persegue a lucratividade desde 2011, quando começou a cortar custos internamente. Em 2015, a Netshoes chegou a cogitar o IPO, mas desistiu por condições adversas.
A Netshoes não é a única empresa latino-americana que pediu para abrir capital nos Estados Unidos recentemente. No fim de 2016, a argentina Decolar.com também fez o pedido à SEC. Entre as duas empresas, há outra coisa em comum: ambas receberam aportes do fundo Tiger Global, que também investe na startup Nubank. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.