Uma onça vítima de atropelamento em Limeira, no mês de julho, está recebendo tratamento para recuperação com pele de tilápia, fruto de pesquisa de iniciativa brasileira, para cuidar dos ferimentos que teve nos membros traseiros.
A informação foi divulgada pela Associação Mata Ciliar. Os cuidados fizeram com que o animal melhorasse seu quadro de saúde
“Ela estava se recuperando bem, mas como houve uma exposição óssea após a cirurgia, havia chances de não ter musculatura suficiente para repor. Então, optamos pela pele de tilápia para ajudar no processo de cicatrização. Agora é observar e analisar o dia a dia, como ela vai se desenvolver e, de tempos em tempos, fazer o manejo para a avaliação da ferida e da consolidação óssea”, destacou Karine Ferreira, médica veterinária da Mata Ciliar.

A técnica com pele de tilápia foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ). O método foi usado pela primeira vez em animais silvestres durante os incêndios do Pantanal, em 2020. “A pele de tilápia possui muito colágeno, que age direto na pele do animal e acelera o processo de cicatrização, além disso, ela acaba formando uma segunda camada de pele, protegendo a ferida de bactérias e infecções. É como se fosse um curativo, mas sem o contato externo”, explica Paula Campanholi, médica veterinária da Mata Ciliar.

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