Em um tom agressivo, em que atacou os governos de França, Venezuela e Cuba, o socialismo e o ambientalismo, o presidente Jair Bolsonaro abriu hoje a 74ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) com um discurso semelhante ao que permeou sua candidatura à Presidência, no ano passado. Bolsonaro não poupou nem mesmo a ONU. Em um discurso ideológico, o presidente apontou ações que classificou como ameaças à soberania do Brasil.
Ele atacou “sistemas ideológicos de pensamento”, que estariam invadindo escolas, universidades, meios de comunicação e a “família”, sob a acusação de tentar subverter o sexo biológico das crianças. Em mais de 30 minutos, o presidente reafirmou sua oposição a iniciativas internacionais que se oponham à soberania brasileira na Amazônia e rechaçou ???tentativas de instrumentalizar a questão ambiental e políticas indigenistas??? em prol de interesses externos.
Bolsonaro ainda criticou a imprensa internacional pela publicação do que classificou como informações ???sensacionalistas??? sobre os incêndios na floresta e disse que é ???falácia??? afirmar que Amazônia é patrimônio da humanidade.
O chefe de Estado também dirigiu críticas diretas ao cacique Raoni Metuktire, do povo Caiapó, afirmando que ele não representa todos os indígenas do Brasil.